“O Governo está determinado a atravessar a tempestade”, sublinhou Carrie Lam, citada pela agência de notícias Associated Press.
A relutância do Governo em responder concretamente às exigências políticas tem sido alvo de crescentes e intensas críticas por parte dos manifestantes, que continuam a pedir reformas eleitorais e uma investigação independente às acusações de brutalidade policial.
Quando questionada novamente sobre esse inquérito, numa conferência de imprensa esta manhã, Lam disse: “Não precisamos seguir esse caminho”.
Os protestos em massa começaram em junho em oposição a emendas propostas à legislação de extradição, que permitiriam que os residentes de Hong Kong fossem enviados para julgamento na China continental, onde os ativistas são habitualmente alvo de detenções.
Embora a chefe do Executivo tenha retirado a proposta de lei, as manifestações continuaram à volta de reformas democráticas mais amplas.
Antiga colónia britânica, Hong Kong foi devolvida à China em 1997 sob o princípio “um país, dois sistemas”, ao abrigo do qual se prometeu serem defendidos no território direitos que não são concedidos no continente.
Na mesma conferência de imprensa, Lam também tentou tranquilizar a população em relação a uma doença respiratória, que pode ter infetado alguns residentes de Hong Kong que viajaram recentemente para a cidade chinesa de Wuhan, onde 59 pacientes estão a ser tratados a uma pneumonia viral cuja causa ainda não foi identificada.
A governante prometeu que o Governo irá alterar a portaria de Prevenção e Controlo de Doenças, dando poderes legais às autoridades de saúde para isolar pacientes suspeitos, algo que deverá acontecer esta semana, acrescentou, citada pela emissora pública RTHK.
Lam recusou-se ainda a tecer qualquer comentário sobre o novo chefe do gabinete de ligação da China em Hong Kong, Luo Huining, nomeado no fim de semana.
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