
O projeto está ainda em fase de desenvolvimento na Agência de Pesquisa e Invenção Avançada, um organismo governamental financiado com 800 milhões de libras para apoiar estudos de alto risco e recompensa que podem muito bem falhar, mas também remodelar a sociedade se forem bem sucedidos.
"São estas ideias excêntricas que têm potencial para serem verdadeiramente transformadoras na vida das pessoas", diz Yannick Wurm, um dos oito diretores do programa, ao The Guardian.
Apesar das abelhas-rainhas e operárias partilharem de um ADN quase idêntico, aquelas que "mandam" na colmeia têm acesso aos chamados privilégios reais. São maiores, férteis e vivem durante anos, ao contrário das outras abelhas que vivem apenas alguns meses.
Os cientistas querem agora perceber o que fazem as abelhas-rainhas prosperar e como pode ser aplicado em terapias radicais para prolongar a expectativa de vida e os anos férteis dos seres humanos.
"Se conseguirmos perceber como é que a natureza resolveu estes desafios para as abelhas, pode ser transformador para travarmos o envelhecimento... e encontrar novas formas de lutar contra doenças", diz Wurm.
As abelhas-rainhas acasalam em pleno voo e armazenam os espermatozoides de vários machos num orgão chamado espermateca. Durante a vida, as abelhas-rainhas vão libertando os espermatozoides armazenados para fertilizar os seus ovos. Na colmeia, as abelhas operárias alimentam a rainha com geleia real, um líquido rico em nutrientes e vitaminas. Os especialistas acreditam que esta geleia contribui para a longevidade das abelhas, juntamente com um conjunto de antioxidantes e micróbios intestinais. No ano passado, um grupo de cientistas prolongou a vida de abelhas operárias ao transplantar micróbios intestinais das abelhas-rainhas.
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