A partir desta quarta-feira, os 7,5 milhões de habitantes da cidade serão obrigados a usar máscara em público, enquanto que os restaurantes só podem oferecer refeições em regime "takeaway".

Os ajuntamentos com mais de 10 pessoas, com exceção para encontros de família, deixaram de ser autorizados, passando o máximo a ser meramente duas pessoas. As infrações podem significar multas de até 645 dólares.

A ex-colónia britânica foi uma das primeiras zonas afetadas pela epidemia e, a princípio, registou resultados notáveis na sua estratégia de luta contra o novo coronavírus.

A curva de contágio local foi praticamente achatada em junho, mas as infeções voltaram a aumentar há algumas semanas, o que levou as autoridades a ordenar novas medidas de distanciamento físico.

Apenas em julho foram registados quase 1.500 contágios, praticamente o mesmo número de casos registados entre janeiro e fim de junho, sendo que há seis dias que a cidade deteta mais de 100 novos casos a cada 24 horas.

"Estamos à beira de uma epidemia de grande alcance, que pode provocar o colapso do nosso sistema hospitalar e custar vidas, particularmente entre as pessoas mais velhas", declarou Lam num comunicado.

O uso de máscara já era obrigatório nos transportes públicos e locais públicos fechados. Os restaurantes só estavam autorizados a receber clientes até 18H00.

O governo anunciou que construirá, com a ajuda da China, um hospital de campanha com 2.000 camas perto do aeroporto internacional.