“Eu não tenho nenhuma dúvida que este hospital vai atrair mais profissionais”, até porque a unidade terá “um equipamento mais diversificado” e “tudo o que há de mais moderno na medicina”, afiançou o ministro, em declarações aos jornalistas, em Évora.
Após visitar as obras de construção do novo Hospital Central do Alentejo, acompanhado pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, Manuel Pizarro elogiou o projeto e até equacionou, em jeito de brincadeira, terminar a sua carreira de médico nesta unidade alentejana. Só não o fará porque não existe um restaurante com tripas à moda do Porto em Évora.
Boa disposição à parte e num registo mais sério, o governante considerou decisivo para a região do Alentejo possuir “um hospital central com adequada diferenciação tecnológica” e admitiu ser “muito entusiasmante” ver a “obra a caminhar em passos muito seguros e muito determinados”.
“Porque esta é uma obra muito importante para os alentejanos, mas é também uma obra muito importante para o conjunto do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, justificou.
Em Évora existem já “muitas pessoas a trabalhar no SNS e no hospital, pessoas muito qualificadas, muito dedicadas ao serviço público, mas também sabemos que os jovens profissionais têm uma especial apetência por espaços que sejam mais adequados, construídos de raiz”, insistiu.
A futura unidade hospitalar, situada na periferia da cidade de Évora, está a ser construída pela Acciona e vai ocupar uma área de 1,9 hectares, estando previsto que tenha uma capacidade de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487.
Com 30 camas de cuidados intensivos/intermédios e 15 de cuidados paliativos, a nova unidade vai ter, entre outras valências, 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para ambulatório e dois de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.
A empreitada, que está prevista estar concluída no final deste ano ou início de 2024, envolve um investimento total de cerca de 210 milhões de euros, já que aos cerca de 180 milhões da construção, em que 40 milhões de euros são fundos comunitários, se juntam perto de mais 30 milhões para equipamento de tecnologia de ponta.
O ministro da Saúde admitiu hoje que “as atuais circunstâncias”, como a crise provocada pela pandemia da covid-19, a guerra na Ucrânia e a atual crise inflacionária, “conduzem inevitavelmente a aumento de custos”, mas escusou-se a quantificar qual o valor a mais que custará a construção.
“O que eu quero garantir é que não há constrangimento orçamental que limite ou impeça o desenvolvimento da obra no seu calendário próprio”, assegurou Manuel Pizarro, reconhecendo que o valor “pode aumentar um bocadinho”. Mas esses possíveis incrementos “estão a ser tratados no local próprio entre o construtor e o dono da obra”, frisou.
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