Os trabalhadores do Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, estão esta quinta-feira em greve para exigir aumentos salariais e a assinatura de um Acordo de Empresa sem perda de direitos.

Em comunicado, o conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha (HCV) reconheceu “o recurso à greve como um direito legítimo dos trabalhadores”, mas sublinhou que neste momento a preocupação “vai para a segurança doentes”.

Neste contexto, o conselho de administração do HCV reprogramou toda a sua atividade normal.

“O foco do HCV é manter, com planeamento, a sua atividade clínica para que doentes e familiares possam continuar a ter os melhores cuidados médicos”, é indicado no comunicado.

Na nota, o hospital destacou que um aumento de 9% é inviável para a “sustentabilidade do HCV, que se encontra num processo de reestruturação", e para garantir a manutenção da atividade e as centenas de postos de trabalho.

O conselho de administração sublinhou também a importância das condições de trabalho dos funcionários, médicos, enfermeiros, auxiliares de ação médica, técnicos de saúde e da manutenção e administrativos.

“O HCV tem um Acordo de Empresa que atribui aos funcionários melhores condições do que aquelas que são oferecidas pelos outros hospitais do setor privado”, é referido na nota.

O conselho de administração do HCV salientou que “sempre honrou este Acordo de Empresa e que os funcionários sempre beneficiarão dos seus direitos até ao final das suas carreiras”, garantindo que o hospital “decidiu reajustar situações de funcionários que estavam em desvantagens face ao mercado e de uma forma gradual”.

O HCV garantiu ainda que os doentes são a prioridade e que o hospital “irá manter a sua atividade clínica sem alterações para que doentes e familiares possam continuar a ter os melhores cuidados médicos, com zelo e dedicação, baseados no rigor e na humanização”.

Os trabalhadores do Hospital da Cruz Vermelha realizam também hoje uma concentração à porta da instituição, em que é esperada a presença do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.

As reivindicações passam também pelas 35 horas de trabalho semanal para todos os trabalhadores, sem discriminação, e pela integração no Acordo de Empresa de todos os que prestam serviço no hospital, independentemente do vínculo contratual, de acordo com a informação divulgada pela central sindical.

Os sindicatos afirmam que a administração do hospital denunciou em 2016 o Acordo de Empresa, assumindo desta forma uma rutura com a convenção assinada entre as partes.

Os trabalhadores pretendem agora prosseguir e finalizar negociações sobre a matéria em causa, depois de um período de impasse.

A greve foi convocada pelo Sindicato dos Profissionais de Farmácia e Paramédicos, pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e pelo Sindicato da Hotelaria do Sul.

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