A rede Hospital da Luz vai manter “as convenções na generalidade” com a ADSE, refere o grupo privado de saúde num comunicado hoje emitido, precisando que, contudo, depois da avaliação que efetuou, concluiu que, no caso de alguns serviços/atos clínicos, a nova tabela de preços “decidida pela ADSE não valoriza de forma adequada” os custos inerentes aos seus “standards clínicos”, nem o trabalho dos profissionais.
“Tal facto não deixou ao Grupo Luz Saúde outra alternativa que não a de excluir do âmbito da convenção esses serviços/atos clínicos nas unidades da rede Hospital da Luz”, adianta o comunicado.
A nova tabela de preços da rede convencionada da ADSE está prevista entrar em vigor esta quarta-feira, dia 01 de setembro, sendo também aplicável aos outros subsistemas de saúde públicos, nomeadamente IASFA, SAD-PSP e SAD-GNR – forças armadas e de segurança.
O Grupo Luz Saúde acrescenta ainda que reorganizou a sua oferta de cuidados de forma a garantir que se mantém a resposta aos beneficiários destes subsistemas de saúde, pelo menos em parte da rede de unidades Hospital da Luz.
Assim, e “por forma a diminuir o impacto financeiro da nova tabela, os clientes das unidades da rede Hospital da Luz que sejam beneficiários da ADSE, IASFA, SAD-PSP e SAD-GNR terão acesso a uma tabela especial de preços para os serviços/atos clínicos não convencionados”, cujos preços estão “em linha” com os praticados com as seguradoras.
No âmbito desta tabela especial de preços, refere o comunicado, uma consulta com um médico especialista que não tenha convenção com os subsistemas dos trabalhadores e reformados da administração pública custará aos beneficiários que a ela adiram entre 35 e 40 euros, “podendo depois o beneficiário pedir o reembolso”.
As novas tabelas da ADSE atualizam o preço das consultas nas rede convencionada, passando o encargo do beneficiário a ser de cinco euros (contra os atuais 3,99 euros), enquanto o valor comparticipado pela ADSE sobe de 14,47 euros para 20.
Além desta atualização de preços – com a qual se pretende reforçar a rede convencionada evitando o recurso ao regime livre –, a revisão das tabelas inclui novos atos médicos e suprime outros que estavam desatualizados e impõe tetos máximos para milhares de procedimentos cirúrgicos, medicamentos hospitalares e próteses.
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