Num comunicado divulgado na sequência de notícias dando conta de problemas no serviço de urgência deste hospital, o Centro Hospitalar de Gaia/Espinho admite que “neste período” o “afluxo de doentes às urgências é maior, com grande predominância de doentes idosos com problemas respiratórios graves”, mas recusa anomalias no funcionamento do serviço.
“Os médicos e enfermeiros das equipas do Serviço de Urgência estão a dar a melhor resposta, num esforço extraordinário que apenas demonstra o seu elevado profissionalismo e dedicação. O Serviço de Urgência encontra-se a funcionar regularmente, dentro do expectável para o período do ano”, garante o hospital.
No comunicado, o Centro Hospitalar de Gaia/Espinho acrescenta que “os tempos-alvo de espera nas urgências estão a ser cumpridos”.
O bastonário da Ordem dos Médicos apontou hoje, em declarações à Lusa, “algumas situações complicadas” nas urgências de alguns hospitais do país, citando o caso do hospital de Vila Nova de Gaia.
De acordo com o bastonário, este hospital teve nos últimos dias “uma afluência muito elevada” de utentes à urgência e tem 24 pessoas internadas no serviço de urgência.
“Isto, por exemplo, é caótico, de facto”, comentou Miguel Guimarães.
O bastonário dos Médicos acrescentou que a administração da unidade de saúde de Gaia pediu junto do Ministério para ativar o plano de contingência que permitiria usar 20 camas extra, mas o pedido ainda não foi autorizado.
Para Miguel Guimarães, “o ministro da Saúde não preparou os serviços atempadamente” para este período de inverno e de aproximação da gripe.
“Está a acontecer mais uma vez o que já aconteceu em anos anteriores”, disse o bastonário, considerando que “falhou o plano de contingência definido pela Direção-geral da Saúde”.
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