O Fidesz de Orbán, que aspira a um terceiro mandato consecutivo, obtinha 49,15% dos votos, com 64% das urnas apuradas, detalhou o NVI. As eleições foram marcadas por um aumento da participação, chegando a 68,80%.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, reivindicou uma "vitória histórica" nas eleições legislativas deste domingo, que lhe abrem o caminho para um terceiro mandato consecutivo na liderança do Executivo, e o quarto em sua carreira.
"É uma vitória histórica que nos oferece a possibilidade de continuar a defender-nos e de defender a Hungria", declarou o dirigente conservador nacionalista num breve discurso após a divulgação dos resultados oficiais parciais.
Nos últimos dias antes das eleições, Orbán e o seu governo intensificaram as mensagens populistas e alarmistas sobre alegados perigos de uma possível vaga migratória de muçulmanos rumo ao país. Ao mesmo tempo, um diário conotado com a oposição revelou nos últimos dias vários escândalos de corrupção que, alegadamente, envolvem pessoas próximas de Orbán.
As sondagens davam ao Fidesz 45% das intenções de voto, seguidos da extrema-direita Jobbik, com 20%, e da coligação entre os sociais-democratas MSZP e o centro-esquerda Diálogo (Párbeszéd) com 19%.
O primeiro-ministro húngaro declarou este domingo, ao depositar o seu voto, que "a União Europeia não está em Bruxelas".
"A UE está em Berlim, Budapeste, Praga e Bucareste", numa aparente referência aos choques que manteve com as instituições europeias nos últimos anos, devido, por exemplo, à reforma constitucional húngara.
"A alta participação é uma boa notícia para aqueles que querem mudanças, porque sabemos que são uma maioria e a grande questão é se iriam votar ou não", assegurou, por seu lado, o candidato da coligação de esquerda, Gergely Karácsony.
Segundo os analistas, uma participação alta poderia ser benéfica para os partidos da oposição, que fizeram tudo para mobilizar os seus apoiantes.
Os eleitores húngaros depositam hoje dois votos: um para os candidatos às 106 circunscrições do país e outro para as listas fechadas dos partidos, com o qual elegem outros 63 deputados do Parlamento húngaro, que, tal como o português, só tem uma câmara.
Às 106 circunscrições apresentaram-se quase 1.500 candidatos, em representação de 105 organizações e partidos, muitos deles locais.
As 10.285 assembleias de voto estiveram abertas até às 18:00 (hora de Lisboa), quando começou o escrutínio dos votos.
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