O porta-voz militar dos Huthis, Yahya Sarea, disse num comunicado que os insurgentes realizaram “uma operação militar contra alvos específicos do inimigo israelita” em Eilat, nas margens do mar Vermelho, onde “vários mísseis balísticos” foram lançados.
O porta-voz não forneceu mais detalhes sobre a ação e reiterou o “compromisso” dos Huthis com os seus “deveres religiosos, morais e humanitários para com o povo palestiniano oprimido” da Faixa de Gaza.
A mesma fonte indicou que os rebeldes, que já lançaram projéteis e ‘drones’ (aeronaves sem tripulação) contra o território israelita desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro, “não hesitarão em realizar novas operações militares contra o inimigo sionista em terra e no mar até cessar a agressão” no enclave palestiniano.
A confirmação dos Huthis surge poucas horas depois de o Exército israelita ter anunciado num comunicado que o seu sistema de defesa aérea Arrow “intercetou com sucesso um míssil terra-terra que se aproximava do território israelita na área do mar Vermelho”.
Os rebeldes iemenitas, apoiados pelo Irão, começaram a lançar ataques contra Israel em outubro e posteriormente iniciaram a sua campanha de assédio contra navios comerciais no mar Vermelho, ações que, defendem, visam prejudicar economicamente o Estado israelita e apoiar o grupo islamita Hamas.
Estes ataques, que causaram graves perturbações no comércio marítimo global, provocaram a resposta dos Estados Unidos da América (EUA) e do Reino Unido, que desde 12 de janeiro bombardearam posições militares dos Huthis no Iémen.
Os rebeldes denunciaram hoje uma nova ronda de ataques aéreos norte-americanos e britânicos contra o noroeste do Iémen, ao mesmo tempo que prometeram responder duramente a estas “agressões” e não parar as suas operações até que termine a guerra em Gaza.
Os ataques sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 7 de outubro, causaram cerca de 1.200 mortos e mais de 200 reféns, segundo as autoridades israelitas.
A ofensiva no território palestiniano lançada por Telavive causou mais de 26 mil mortos, segundo dados das autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas desde 2007.
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