A emissora pública norueguesa NRK, citada pelo The Guardian, informou que o corpo de Hvaldimir foi encontrado a boiar na baía de Risavika, no sul da Noruega, no sábado, por um pai e um filho que estavam a pescar.

"Infelizmente, encontrámos Hvaldimir a boiar no mar. Faleceu, mas não se sabe ao certo a causa da morte", disse o biólogo marinho Sebastian Strand, que acrescentou que não eram visíveis lesões externas graves no animal.

Strand, que acompanhou as aventuras de Hvaldimir nos últimos três anos em nome da organização sem fins lucrativos Marine Mind, sediada na Noruega, disse estar profundamente afetado pela morte súbita da baleia.

"É absolutamente horrível. Aparentemente, estava em boas condições até sexta-feira, por isso só temos de perceber o que terá acontecido", afirmou.

O animal era uma baleia beluga, da família dos golfinhos, que foi primeiramente avistada na costa da Noruega em 2019 com um arnês russo.

Depois disso, sabe-se que passou vários anos a viajar lentamente para sul a partir do extremo norte da Noruega, passando também pela costa sudoeste da Suécia.

As suspeitas sobre esta baleia beluga aumentaram tendo em conta que esta se aproximou pela primeira vez de barcos noruegueses perto da ilha de Ingoya, uma localização que fica a 415 km de Murmansk, onde fica a Frota do Norte da Rússia.

Na altura, quando foi descoberta, a baleia trazia um arnês equipado com um suporte para câmera GoPro e clipes com a inscrição "Equipamento de São Petersburgo".

A descoberta levou a uma investigação da agência de inteligência doméstica da Noruega, que mais tarde disse à BBC que a baleia provavelmente foi treinada pelo exército russo.

Desde essa altura, a baleia passou a ser conhecida localmente como Hvaldimir, em homenagem à palavra norueguesa para baleia, hval, e ao presidente russo Vladimir Putin.