Em comunicado, a IL anunciou que a João Cotrim Figueiredo se junta a vice-presidente do partido, Ana Martins, como número dois da lista, enquanto o terceiro posto ficou para António Costa Amaral, engenheiro e “responsável por vários programas e manifestos do partido”, o quarto para o professor Paulo Alcarva, e o quinto para a independente Inês Gregório.
Os nomes foram hoje aprovados no Conselho Nacional da IL, uma reunião que decorreu numa unidade hoteleira do Porto.
Cotrim Figueiredo teve 47 votos a favor, duas abstenções e zero votos contra.
A sessão também serviu para aprovar as linhas orientadoras do Manifesto Europeu da IL, um documento “a ser construído com contributos de membros de todo o partido” e que “assentará na ideia de que a Europa é o espaço privilegiado de liberdade no mundo”, lê-se no comunicado enviado à agência Lusa.
“A liberdade que, para a IL, é condição essencial para o desenvolvimento das sociedades, para o crescimento das economias e, sobretudo, para a realização das pessoas. Por isso, é fundamental não dar a liberdade por adquirida. A IL lutará por aprofundar a liberdade nas suas quatro dimensões: a individual, a política, a económica e a social”, acrescenta.
No discurso de abertura desde Conselho Nacional, o presidente da IL, Rui Rocha, numa fase da intervenção dedicada às eleições europeias, elogiou o cabeça de lista da IL, João Cotrim Figueiredo, que estava na primeira fila da sala.
Rui Rocha também fez um apelo à participação dos portugueses num ato eleitoral que considerou “muito importante” dado que, disse, “o papel da Europa é o papel da liberdade”, mas “há muito quem fora da Europa e dentro da Europa se queira apropriar da democracia para perverter as suas regras e fazer politicas absolutamente iliberais”.
“Estas eleições europeias são muito importantes. Quero fazer um apelo claro aos portugueses de que participem. Podem fazê-lo a 02 de junho, mediante inscrição em qualquer parte do país, e no dia 09 de junho em qualquer assembleia de voto do país”, disse.
Antes, num momento dedicado a medidas anticorrupção, Rui Rocha apresentou as ideias que pretende propor à ministra da Justiça, Rita Júdice.
“Se querem combater a corrupção vamos ser sérios. Vamos eliminar estas duplicações e triplicações. Vamos simplificar e desburocratizar”, defendeu Rui Rocha, depois de enumerar as entidades atuais que têm atribuições na área do combate à corrupção e de defender a criação de só uma entidade “que tenha meios e poderes para combater a corrupção”.
A IL também vai propor que a nomeação dos reguladores e dos altos cargos de administração seja feita através de concurso internacional e quer que os tribunais administrativos sejam muitos mais céleres.
“Uma das ideias que leva à corrupção é esta ideia de que os tribunais não funcionam e a tentação é resolver as coisas fora da justiça. Hoje demoram 850 dias em média a proferir uma decisão em primeira instancia. É necessário que se alinhem com a média da União Europeia e passem a fazer em 400 dias”, justificou.
Já no comunicado posteriormente partilhado, a IL sublinha que “aprofundará o combate à corrupção e promoção da transparência na UE, com foco no processo de atribuição de fundos europeus”.
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