Em declarações à agência Lusa, Carla Castro traça as linhas gerais da sua campanha para as eleições internas da IL que vai disputar com Rui Rocha e assegura que já pôs em prática a sua “política de proximidade” nos jantares que a sua candidatura promoveu, tendo planeado “até ao final do ano pelo menos mais 30 eventos”.

Sublinhando a importância da “escuta ativa” dos membros porque na IL há uma “grande vontade de contribuir”, a deputada e dirigente promete uma campanha positiva e com a apresentação de alternativas.

“O projeto de sucesso da Iniciativa Liberal precisa agora de dar um salto de crescimento sustentado e para esse crescimento sustentado nós temos uma equipa capaz e um programa consistente”, defende.

Na opinião de Carla Castro, “é muito importante” que o partido seja capaz de “colocar as bandeiras liberais e as propostas liberais na agenda política”, coisa que considera que a IL ainda não conseguiu fazer porque há algumas propostas que são desconhecidas dos portugueses.

“Nesta política de proximidade não nos estamos a limitar a estar junto dos núcleos em Portugal Continental. Nós solicitamos reuniões com a coordenação quer dos Açores quer da Madeira para podermos definir em conjunto estratégias de sucesso e de crescimento”, antecipa.

Levantando o véu da moção estratégica global que irá levar à convenção eletiva marcada para janeiro do próximo ano, a candidata liberal traça o objetivo “quer de eleger na Madeira quer de multiplicar a representação nos Açores”.

Para esta estratégia para as regiões autónomas, a sua campanha tem já propostas pensadas, “desde estudos eleitorais de perceção das bandeiras liberais” a “desenvolver o gabinete de estudos para uma componente regional de apoio à politica regional”.

“Vamos convocar reuniões com núcleos fora de Portugal não só para prepararmos um plano de crescimento para as europeias, mas também para promover sinergias em termos de conhecimento de politicas liberais”, revela ainda, destacando o “ADN muito participativo na IL” que apelida de “desassossego construtivo”.

A informação e formação aos membros, núcleos e autarcas tem sido “um ponto muito forte” da campanha de Carla Castro, que promete gerir o partido de forma “participativa e colaborativa”.

Depois da surpresa do anúncio das eleições antecipadas na IL e às quais o atual líder João Cotrim Figueiredo não se vai recandidatar, Rui Rocha e Carla Castro, ambos deputados e da comissão executiva, são os dois nomes que estão para já na corrida para a disputa eleitoral que terá lugar na convenção eletiva de janeiro do próximo ano em Lisboa.