É antes, “uma oportunidade para melhorar a eficiência dos serviços e das instituições. e sensibilizar desde as comunidades costeiras às mais altas instâncias políticas” para este fenómeno, considerou Eugénia Costa Quaresma.

Contactada pela agência Lusa a propósito dos 11 imigrantes hoje intercetados pela Polícia Marítima junto a Olhão, provenientes de Marrocos – o segundo caso registado no Algarve em cerca de dois meses -, Eugénia Costa Quaresma revelou que a OCPM, depois de conhecer a notícia pela comunicação social, “procurou saber mais, através das estruturas de proximidade ligadas à Diocese do Algarve”, como o Secretariado Diocesano de Migrações e a Caritas Diocesana do Algarve.

“As nossas instituições não interferem com o trabalho das autoridades portuguesas, apenas ficam vigilantes no sentido de perceber se o tratamento dado é humano e digno”, explicou.

Para esta responsável, a primeira preocupação deve ser a de “salvar vidas” e, neste capítulo, “Portugal através da sua polícia marítima tem cumprido o seu papel”.

“É necessário investigar a origem destes fluxos, isto é conhecer as causas, é importante escutar estes migrantes e perceber as suas motivações e aspirações. e este é um esforço que não depende só de Portugal, depende também da política Internacional e da União Europeia. Atuar nas causas, resolução de conflitos, promoção de uma genuína cooperação para desenvolvimento”, defendeu Eugénia Costa Quaresma, para quem “é necessário melhorar os recursos técnicos e humanos para garantir que a morosidade dos serviços não atira as pessoas para o submundo da clandestinidade/precariedade”.

Quanto às instituições da Igreja, está ao seu alcance “a sensibilização das comunidades para o acolhimento e integração dos migrantes e refugiados que escolhem Portugal, para viver e contribuir. Prestar assistência em caso de emergência humanitária. trabalhar na área da promoção humana e [disponibilizar] acompanhamento espiritual”.

A Polícia Marítima detetou na madrugada de hoje uma embarcação com 11 imigrantes ilegais a bordo junto a Olhão, três dos quais tiveram de ser transportados para o Hospital de Faro para despistar problemas de saúde.

Segundo disse à agência Lusa o comandante André Morais, da Polícia Marítima de Olhão, distrito de Faro, a embarcação de madeira foi detetada cerca das 04:30 e a bordo estavam 11 homens, com idades compreendidas entre os 21 e os 30 anos, “provavelmente vindos do Norte de África”.

“Foram levados para o comando da Polícia Marítima de Olhão para tentativa de identificação e serão entregues ao Serviço de estrangeiros e Fronteiras”, explicou.

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