Em comunicado, a CT da Impresa Publishing – que detém os títulos Activa, Blitz, Caras, Caras Decoração, Courrier Internacional, Exame, Exame Informática, Jornal de Letras, Telenovelas, TV Mais, Visão, Visão História, Visão Júnior e Expresso – diz que Francisco Pedro Balsemão a informou que “o grupo continua a avaliar o portefólio e pretende vender, e não fechar, ‘a maioria, senão mesmo todas’, das 13 publicações em causa, de modo a concentrar-se preferencialmente nas marcas SIC e Expresso, por terem mais potencial ‘no audiovisual e no digital’”.

Na reunião realizada na terça-feira após um pedido de esclarecimentos da CT, o presidente da Comissão Executiva da Impresa revelou aos representantes dos trabalhadores que “já existem interessados na compra de algumas das publicações da Impresa Publishing e que a administração pretende encerrar o processo de venda ‘o mais rapidamente possível’”.

“Todavia, não se quis comprometer com qualquer prazo”, acrescenta a CT.

Segundo a Comissão de Trabalhadores, Francisco Pedro Balsemão “ficou também de avaliar a possibilidade de se dirigir oportunamente aos trabalhadores, a fim de explicar ele próprio a situação em que o grupo se encontra”, tendo-se ainda comprometido a “manter a CT, e consequentemente os trabalhadores, a par dos acontecimentos”.

A reunião de terça-feira - na qual participou também o diretor dos Recursos Humanos da Impresa, Eduardo Gomes - aconteceu na sequência de um pedido por parte da CT de “informações relativas à situação do grupo Impresa, designadamente da Impresa Publishing”, após o anúncio da intenção de venda de títulos do grupo no âmbito de um “reposicionamento estratégico” da sua atividade, que passa por uma “redução da sua exposição ao setor das revistas e um enfoque primordialmente nas componentes do audiovisual e do digital”.

Salientando que o eventual fecho das 13 publicações em causa afeta “mais de 100 pessoas”, a CT afirma-se “bastante preocupada com o futuro dos trabalhadores” e, embora “compreendendo a débil situação em que o grupo se encontra”, diz pretender “ajudar a minorar as consequências na vida das pessoas ligadas à Impresa”.

Recordando que “os trabalhadores foram completamente apanhados de surpresa e a última coisa em que estavam a pensar era que iam perder os seus postos de trabalho”, a CT pretendia saber junto da administração da Impresa “se existe algum prazo para o grupo se desfazer das publicações em causa, seja fechar ou vender, ou se é entendimento da administração poupar alguma publicação a este futuro incerto, assim como que efeito vai ter nos departamentos ligados à produção/distribuição e outros”.

“É natural que, após um seco comunicado, ouvindo o que foi comunicado à Comissão de Trabalhadores, assim como as notícias que vêm de fora e as especulações de corredor (a que administração podia pôr fim se tornasse todo o processo mais transparente), [os trabalhadores] tenham muita pouca vontade de continuar a contribuir para um grupo que lhe está a virar as costas, violentamente”, lê-se no ‘email’ enviado pela CT solicitando esclarecimentos à administração.

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