Numa visita ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, distrito pelo qual foi eleita deputada, Assunção Cristas assistiu esta manhã ao briefing habitual com todas as entidades envolvidas na prevenção e combate aos incêndios.
Aos jornalistas, a líder do CDS-PP, adiantou que "muito do que está a ser feito agora decorre da lição e da aprendizagem que ocorreu na decorrência de um ano trágico, como foi o ano passado".
"A mensagem [transmitida no briefing] foi de que é preciso não desvalorizar nenhum incêndio, porque todos eles começam pequenos", sublinhou, admitindo que o que está a ser feito está "diretamente ligado a essa experiência trágica e infeliz".
Assunção Cristas afirmou ainda que quer acreditar que Portugal está agora mais bem preparado, sobretudo, porque “há uma atenção maior por parte de todas as populações” e todos terão “aprendido mais alguma coisa”.
Sobre os meios disponibilizados pela Autoridade Nacional da Proteção Civil, a deputada centrista considerou que "nunca são todos os que são necessários" e que todos querem.
"Tudo o que existe, e em alguns casos com reforço, está pré-posicionado e isso é o mais importante. O tempo para exigir mais meios e mais prontidão já foi. Hoje é o tempo de nos solidarizarmos com quem está na linha da frente, a dar o seu melhor com os recursos e os meios que tem, coordenando tudo aquilo que existe por parte das várias entidades", disse.
A líder do CDS-PP destacou ainda que todos os operacionais desejam que tudo "corra pelo melhor no apoio às populações e à limitação de fogos, que certamente ocorrerão", mas que se espera "que possam ser debelados logo no princípio".
"Ouvi hoje esta mensagem de reforçar toda a primeira intervenção de forma muito musculada porque sabemos que quando as coisas são logo atacadas no início a probabilidade de não termos problemas é muito maior. Além de toda a vigilância e prevenção, que continuam a ser muitíssimo importantes", precisou.
Assunção Cristas referiu também que a sua presença no CDOS de Leiria foi um sinal para mostrar a sua "preocupação", "atenção" e "solidariedade", assim como para "dar uma palavra de apoio a todas as entidades que estão envolvidas no terreno, num tempo que agora está mais difícil", devido à "onda de calor", que "pode trazer complicações nesta área".
O grande incêndio de Pedrógão Grande, em junho de 2017, fez 66 mortos e mais de 200 feridos, destruiu cerca de 500 casas e quase 50 empresas.
Já em outubro, 50 pessoas morreram e cerca de 70 ficaram feridas, tendo sido destruídas total ou parcialmente cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas, atingindo 36 municípios da região Centro.
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