Numa visita a quatro famílias cujas habitações ainda não foram reconstruídas, mais de um ano após o grande incêndio de 15 de outubro de 2017, a líder do CDS-PP disse aos jornalistas que os donos “passam o segundo Natal” a viver em condições “muitos precárias”.
Face a tais “situações inadmissíveis”, o CDS-PP vai prosseguir na Assembleia da República a sua “ação de pressão” ao Governo para que os problemas de realojamento dos lesados sejam resolvidos com mais celeridade.
Assunção Cristas visitou três dessas famílias, em Valongo, município de Tábua, após ter dialogado com uma idosa de Vilela, no concelho vizinho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, que mora transitoriamente com uma filha, já que a reconstrução da sua casa está parada há algum tempo.
“Há dezenas de situações destas”, afirmou, alegando que as promessas do Governo “foram muitas”, mas os trabalhos em tais casas de primeira habitação estão suspensos “aparentemente por falta de pagamento” aos empreiteiros por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
Depois de ter conversado com algumas das pessoas que perderam casa, diversos bens, animais e culturas agrícolas, a presidente do CDS-PP lamentou que estes cidadãos vivam “situações de abandono”, o que tem vindo a acentuar o seu “grande desânimo” relativamente aos poderes públicos.
“Há aqui pouca atenção e pouca vontade de resolver estas situações”, sublinhou, numa visita em que foi acompanhada por responsáveis do partido, o deputado Hélder Amaral, eleito pelo distrito de Viseu, e os empresários Fernando Tavares Pereira e Nuno Pereira, dirigentes do Movimento Associativo de Apoio às Vitimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM), com sede nesta freguesia do concelho de Tábua.
Além do atraso na reconstrução de “dezenas de habitações”, Assunção Cristas criticou o processo das ajudas à agricultura e “um conjunto de enganos a que as pessoas foram sujeitas”.
“O Governo tem de ser apertado nesta área. Basta vir ao terreno e falar com as pessoas para perceber” que importa “continuar a alertar para estas situações”, concluiu.
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