"Há quantas semanas é que nós ouvimos falar dos 70 mil euros? Ainda não chegaram a ninguém. Nem sequer é lançar um desafio, é convidar o primeiro-ministro, pedir ao primeiro-ministro, nesta época, que ao menos pague os 70 mil euros e pague já, e depois faça a conta do restante, mas ao menos que pague já os 70 mil euros", apelou Assunção Cristas.
A líder centrista defendeu que, "seis meses volvidos, é estranho que as pessoas que perderam os seus familiares ainda não tenham visto a indeminização mínima, pelo menos", e disse que com António Costa tudo "é sempre tirado a ferros, sempre difícil, quase que a contragosto, quando o país está unido na solidariedade em torno destas pessoas".
"Pague-se já o que se puder pagar e apure-se a seguir o que tem de ser apurado e calculado para cada uma das pessoas e para uma das famílias", desafiou, contrariando a afirmação do chefe de Governo de que 2017 foi um ano saboroso.
Para a líder do CDS-PP, 2017 é "um ano doloroso", de uma "tragédia sem precedentes", com os incêndios de junho e outubro a vitimarem mortalmente mais de 100 pessoas.
O primeiro-ministro considerou na quarta-feira, perante funcionários portugueses das instituições em Bruxelas, que 2017 "foi um ano particularmente saboroso para Portugal", lembrando as mudanças ao longo dos últimos 12 meses.
"Há um ano estávamos aqui, apesar de tudo, já a celebrar não nos terem sido aplicadas sanções, estávamos aqui com alguma esperança de que iríamos conseguir mesmo sair do procedimento por défice excessivo. Mas, a verdade é que podemos olhar para o ano de 2018 já sem receio de sanções, já sem receio de termos de ter novas discussões sobre décimas nominais ou estruturais para o procedimento de défice excessivo e até encarando já com normalidade que o ministro das Finanças português possa ser o próximo presidente do Eurogrupo", disse.
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