Das habitações permanentes a reconstruir através da parceria entre a UMP e a FCG, 28 casas têm já as intervenções concluídas e 20 encontram-se em processo adiantado de execução das obras, avançou à Lusa a UMP, indicando que 32 habitações são de reconstrução parcial e 16 de reconstrução total, sendo que “as reabilitações totais representam já 33% das intervenções concluídas e as parciais 67%”.
“Com uma intervenção complexa, a conclusão das obras deverá acontecer durante o terceiro trimestre deste ano”, revelou a instituição que representa as Misericórdias Portuguesas, referindo que estava prevista a conclusão total das obras até ao final de junho, mas “devido às chuvas dos últimos meses, este prazo teve de ser prorrogado”.
Em relação ao apoio, a parceria entre os fundos geridos pela UMP e pela FCG, em articulação com o Fundo Revita, tem aprovado “um investimento de 1.912.279,26 euros (não contemplando o Imposto sobre o Valor Acrescentado) dos donativos angariados para a reabilitação e reconstrução totais e parciais de habitações permanentes nesta região”.
No âmbito da campanha Juntos por Todos, a UMP reuniu mais de dois milhões de euros [2.097.761 euros] em donativos, dos quais já foram concedidos cerca de 1,7 milhões de euros [1.751.915 euros].
Já o fundo gerido pela FCG para apoiar as populações afetadas pelos incêndios de junho de 2017 angariou mais de quatro milhões de euros [4.042.653 euros], que integra os donativos da FCG [502.500 euros], da Caixa Geral de Depósitos (CGD) [50.000 euros], da conta solidária da CGD [2.600.975 euros], da agência de Paris da CGD [58.655 euros], da EasyJet [30.018], da Altri [250.000 euros], da Navigator [250.000 euros], de contribuições de alunos do Collège Anatolle France [503 euros] e do The Claude and Sofia Marion Foundation [300.000 euros].
Além das 48 habitações reconstruídas no âmbito da parceria entre estes dois fundos, a FCG apoiou a reconstrução de mais dez casas afetadas por estes fogos.
“Têm sido apoiadas as populações de mais de 20 concelhos, com especial incidência em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Sertã e Penela”, afirmou à Lusa a FCG, indicando que o fundo pretende dar resposta às necessidades mais imediatas, bem como ajudar no restabelecimento da normalidade possível das áreas afetadas pelos fogos.
Neste sentido, a Fundação definiu cinco prioridades de intervenção, designadamente a reconstrução de habitações, a reposição de perdas nas atividades de subsistência, o reforço da capacidade e qualidade das respostas sociais a nível local e regional, a valorização do potencial humano e o combate à solidão e ao isolamento.
Relativamente à reconstrução de habitações, o apoio do fundo gerido pela FCG foi “concedido com base essencialmente no trabalho de colaboração e articulação com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro”, em que foram financiadas 58 habitações, das quais 48 em parceria com a UMP.
“Até à data, estão concluídas 36 obras de reconstrução de casas e estão ainda em execução 22 intervenções em habitações”, informou a FCG.
No cumprimento das prioridades definidas, o fundo gerido pela Fundação apoiou ainda 1.396 agricultores, 300 apicultores e 39 instituições locais, bem como várias iniciativas de valorização do potencial humano e vários projetos de combate à solidão e ao isolamento na região afetada pelo incêndio de junho de 2017.
O incêndio que deflagrou há um ano em Pedrógão Grande (distrito de Leiria) e alastrou a concelhos vizinhos provocou 66 mortos e 253 feridos, sete dos quais graves, e destruiu meio milhar de casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas.
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