Em comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) avança que o secretário de Estado da Proteção Civil “assinou esta semana o despacho de majoração do valor diário atribuído”, com o objetivo de “retribuir simbolicamente o esforço adicional dos bombeiros voluntários afetos ao DECIR”.
O despacho majora em 25% os valores diários pagos - respetivamente 67,30 euros e 78,30 euros, consoante se trate de bombeiros integrantes das várias equipas ou bombeiros do quadro de comando - entre os dias 15 e 19 de setembro, inclusive, período em que uma vaga de incêndios assolou o centro e norte do país.
De acordo com o MAI, “foi transmitido à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para, com a maior brevidade possível, apurar os valores devidos ao abrigo deste despacho e promover a transferência dos valores para as associações humanitárias com a máxima brevidade”.
Salientando o “empenho extraordinário” destes profissionais, o Governo diz tratar-se de um “primeiro sinal, ainda que simbólico”, do reconhecimento dos “bombeiros como a coluna vertebral da Proteção Civil” e do trabalho que o executivo está a desenvolver para a “sua valorização”.
“A ministra da Administração Interna e o secretário de Estado da Proteção Civil, em nome do Governo, encetaram todos os esforços para, apesar da conhecida exigência orçamental, retribuir a extraordinária mobilização a que uma vez mais assistimos, por parte de milhares de mulheres e homens bombeiros voluntários afetos ao DECIR”, lê-se no comunicado.
Recordando o “período difícil e exigente em matéria de combate a incêndios rurais, com especial destaque nas zonas Centro e Norte do país”, que o país mais uma vez atravessou, o executivo diz estarem ainda “em curso” os levantamentos dos “prejuízos económico-sociais e humanos assinaláveis” causados pelos fogos.
“Todos os agentes de Proteção Civil, e em especial os bombeiros, demonstraram ser, uma vez mais, verdadeiros exemplos de resiliência e empenho, num contexto em que o DECIR foi colocado sob forte pressão e empenho máximo de meios”, remata.
Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios da passada semana. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.
Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.
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