Em comunicado, a LBP refere que, enquanto se mantém um bom relacionamento com o poder político, com a ANPC tem vindo “a agudizar-se o mal-estar, nomeadamente com o seu presidente face à falta de diálogo e de respostas às constantes solicitações dos bombeiros portugueses”.
“Enquanto outros agentes da proteção civil foram recentemente contemplados com novas viaturas e equipamentos, os bombeiros continuam a braços com a necessidade urgente de substituir inúmeras viaturas que há muito ultrapassaram a sua vida útil, em especial quando se trata de veículos sujeitos a esforços acrescidos no combate a incêndios florestais e rurais”, sustenta a LBP.
Para esta estrutura que representa as associações dos bombeiros voluntários, as condições de alguns veículos de combate a incêndios colocam “em causa a fiabilidade dos veículos e a segurança dos bombeiros que as utilizam todos os dias e em condições extremamente difíceis”.
A LBP lembra também o compromisso assumido pela ANPC de dotar os bombeiros com equipamentos de proteção individual (EPI), sendo um processo que “ainda nada se vislumbra no horizonte”.
Em causa está, de acordo com esta estrutura, a promessa de dotar cada bombeiro com, pelo menos, três EPI de combate a incêndios florestais e rurais.
Neste momento, cada bombeiro dispõe de um desses equipamentos.
“Perante esta desproporção de apoios, multiplicam-se as dificuldades sentidas pelos bombeiros e teme-se que o socorro possa vir a estar em causa futuramente. Perante este cenário, a LBP responsabiliza exclusivamente a ANPC por este estado de coisas”, sustenta.
No comunicado, a LBP dá conta que os bombeiros voluntários garantiram, com 96% dos seus meios humanos e viaturas, o combate aos 6.035 incêndios que deflagraram nos primeiros seis meses e meio do ano.
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