"Um quarto do concelho [Pampilhosa da Serra] ardeu. Para as vias municipais e habitações afetadas pelo incêndio são necessários três milhões de euros", garantiu.
O autarca falava à comunicação social no final da reunião de trabalho, hoje realizada em Pedrógão Grande, entre o primeiro-ministro, António Costa, e os presidentes das Câmaras de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pampilhosa da Serra, Góis, Penela e Sertã.
"Saí muito mais tranquilo da reunião. Apesar do incêndio devastador, não temos acidentes graves. Estamos solidários com Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos", frisou.
José Brito adiantou ainda que, após o incêndio, "agora é preciso amenizar o mais rapidamente possível esta desgraça" e revitalizar a economia local.
Os incêndios que deflagraram na região Centro, no dia 17, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foram dados como extintos no sábado.
Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.
A área destruída por estes incêndios - iniciados em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e em Góis, no distrito de Coimbra - corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.
Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.
O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
O incêndio de Góis, que também começou no dia 17, atingiu ainda Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais.
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