Este plano vai incidir sobre as áreas já florestadas no passado e que arderam com o incêndio de 15 de outubro, disse à agência Lusa o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, que falava no final da primeira ação de medidas de estabilização de emergência pós-incêndios nos terrenos da ribeira de Moel, na Mata Nacional de Leiria.
Esta reflorestação vai acontecer após o corte das árvores do Pinhal de Leiria, cujo plano está a ser preparado para ser apresentado e que terá uma duração de seis a oito meses, acrescentou.
"Vamos deixar que o pinhal rebente para aproveitar nas áreas principais a regeneração natural", explicou.
Segundo Miguel Freitas, o Pinhal de Leiria vai ter "que continuar a ter um pinhal", mas haverá um novo conceito, "quer do ponto de vista florestal, quer do ponto de vista da segurança".
Nesse sentido, deverão ser plantadas outras espécies, "nomeadamente em zonas mais húmidas", e deverão ser introduzidas "novas soluções para a descontinuidade florestal", sublinhou.
Hoje, no concelho da Marinha Grande, começou a primeira ação de estabilização de emergência na zona do Pinhal de Leiria, junto ao leito da ribeira de Moel.
Já no início de 2018, será apresentado o plano de corte para o Pinhal de Leiria (também conhecido como Pinhal do Rei) e vão ser ainda desenvolvidas seis ações para aquela mata nacional nos meses de janeiro e fevereiro, referiu.
Num trabalho de articulação entre a Câmara da Marinha Grande e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), vão ser realizadas ações de limpeza da mata, plantação de ripícolas (espécies adaptadas às zonas de ribeiras para proteger as linhas de água) e controlo de espécies invasoras, nomeadamente as acácias, realçou o membro do executivo.
Também nos primeiros dois meses será feita uma ação de plantação de pinheiros num talhão do Pinhal de Leiria onde já estava prevista a plantação, esclareceu.
As ações pretendem também "envolver as populações" e deverão ser desenvolvidas com recurso a voluntários, frisou.
Segundo o secretário de Estado das Florestas, as seis ações para o arranque de 2018 têm um investimento global de cerca de 200 mil euros.
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