Em comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alerta a população para o perigo de incêndio florestal entre sábado e terça-feira devido às previsões meteorológicas de tempo quente e seco.

Em declarações à agência Lusa, o adjunto nacional de operações da ANEPC Alexandre Penha explicou que as zonas onde o risco de incêndio é maior são o Algarve, Alentejo e os distritos de Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Guarda, Bragança Lisboa e Setúbal.

O comandante Alexandre Penha sustentou que nestas zonas “o risco será maior”, mas nos restantes distritos do país o alerta “não é para descurar”.

Segundo Alexandre Penha, o cenário meteorológico de subidas das temperaturas, acima do habitual para esta altura do ano, vai acontecer a partir de sábado na região sul, estendendo-se depois a todo o território no domingo.

“É uma situação que tem a ver com esta onda de calor. Especialmente com uma rotura completa daquilo que é um quadro meteorológico quase invernal em que temos precipitação contínua para um quadro de verão completo, que vai fazer com que haja um agravamento daquilo que são as secagens dos combustíveis que ficam muito mais disponíveis para poderem arder”, precisou.

Alexandre Penha sublinhou que este quadro meteorológico é diferente e não é habitual no mês de maio, além da rutura de um grande período de chuva para um período quase de verão e com temperaturas altas.

“Por ter chovido nos últimos dias não quer dizer que não vai haver incêndios porque o combustível está húmido. Aquilo que está previsto é uma secagem muito mais rápida da humidade que existe, quer seja no solo, quer seja no combustível”, disse, frisando que “aquela sensação de segurança que esta chuva deu pode não ser a realidade no terreno”.

O comandante adjunto acrescentou que a região sul não recebeu uma quantidade tão grande de precipitação, especialmente no último mês, e o combustível “está muito mais disponível para poder arder”, constituindo “uma preocupação maior”.

Nesse sentido, a ANEPC chama a atenção para a proibição da realização de queimadas nas zonas onde o alerta de incêndio é elevado.

Alexandre Penha ressalvou que o risco de fogo “varia de concelho para concelho e dentro dos mesmo distrito poderá haver concelhos onde o risco de incêndio será menor”.

O comandante adjunto da ANEPC aconselhou a população a fazer uma avaliação do risco do incêndio junto do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e das autoridades locais, como serviços municipais de proteção civil e GNR, no sentido de saberem se é ou não possível fazer queimadas.

Alexandre Penha disse ainda que a ANEPC dá a população os conselhos idênticos aos do verão, que passam por evitar toda e qualquer fogo dentro do espaço florestal, desde fogueiras, utilização de equipamentos de combustão e fumar dentro desse espaço.

Segundo o IPMA, a temperatura vai subir a partir de sábado e até terça-feira, com as máximas a situarem-se entre os 30 e 35 graus.

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