“A análise neste momento aponta para que a primeira quinzena de outubro possa apresentar alguma relevância em termos de risco para os incêndios. Com base nessa relevância estamos a efetuar um conjunto de projeções e estudos relativamente aos meios que são necessários”, disse aos jornalistas o comandante nacional de operações e socorro, Duarte Costa, em conferência de imprensa na sede na ANPC.

O comandante nacional adiantou que “atempadamente” a ANPC vai apresentar ao Ministério da Administração Interna a sua proposta.

Segundo Duarte Costa, o estudo que está a ser feito neste momento está relacionado com o pré-posicionamento de forças e capacidade para constituição da força operacional disponível para atuar.

“Estou confiante que terei o dispositivo adaptado e necessário para, a partir do dia 01 de outubro e até 15 de outubro, poder continuar a providenciar aquilo que temos feito neste momento que é serenidade e segurança aos portugueses”, sublinhou.

Devido às circunstâncias meteorológicas expectáveis para a primeira quinzena de outubro, o Governo decidiu prolongar, até 15 de outubro, o período crítico de incêndios no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

Este prolongamento do período crítico significa que vai continuar a ser proibido fazer no espaço florestal queimadas, queimas, lançar foguetes, fumar e utilizar certos tipos de máquinas agrícolas.

O Dispositivo de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) estabelece que, entre 1 de julho e 30 de setembro, estejam operacionais 10.767 elementos e 2.463 veículos dos vários agentes presentes no terreno e 55 meios aéreos, sendo diminuído o nível de prontidão a partir de 01 de outubro com uma redução de meio.

Segundo o DECIR, para os primeiros 15 dias de outubro estão previstos 8.352 elementos, 1.944 veículos e 34 aeronaves.

Este ano, as fases de combate a incêndios foram substituídas por níveis de prontidão, passando o dispositivo a estar permanente ao longo do ano e reforçado entre 15 de maio e 31 de outubro.

O maior reforço de meios aconteceu nos meses de junho e outubro, mas continuou a ser entre julho e setembro, o período que mobiliza o maior dispositivo.