Numa nota enviada à agência Lusa, o Instituto da Segurança Social (ISS) adianta que as 389 famílias representam um total de 916 beneficiários “com carência económica, conjuntural ou não, para apoiar nos pagamentos mais prementes”.
Entre ajudas estão os pagamentos aos medicamentos, rendas de casa, faturas de eletricidade, gás e água.
Segundo o balanço da atuação da segurança social no apoio às populações vítimas dos incêndios de 2017, o ISS sublinha que, até 20 de junho, deferiu 713 processos de regime excecional e temporário de isenção, total ou parcial, do pagamento de contribuição à segurança social, no valor de cinco milhões.
No total foram abrangidos 4.520 trabalhadores por conta de outrem ou trabalhadores independentes.
De acordo com o ISS, a isenção de pagamento de contribuição foi prorrogada pelo período de seis meses, abrangendo as remunerações relativas aos meses de fevereiro a julho de 2018, no caso das pessoas afetadas pelos incêndios de junho de 2017, e de maio a outubro de 2018, em relação aos fogos de outubro do ano passado.
A Segurança Social avança também que, nos casos de 96 vítimas mortais, foram pagos reembolsos de despesas de funeral/subsídio por morte a 80, numa despesa total de 107.244 euros.
A Segurança Social atribuiu igualmente pensões de sobrevivência aos familiares de 41 vítimas dos fogos, num valor de 11.448 euros.
No âmbito do pagamento até 1.053 euros a pequenos agricultores, foram pagos um total de 4,7 milhões de euros a cerca de 7.400 beneficiários.
O grande incêndio de junho de 2017 na zona de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, causou 66 mortos e mais de 250 feridos, enquanto os grandes fogos de outubro fizeram 50 vítimas mortais, em vários concelhos da região Centro.
Além destas 116 mortes, há registo de pelo menos mais cinco nas regiões Norte e Centro nos fogos rurais do ano passado.
Os incêndios florestais de 2017 consumiram cerca de 500 mil hectares de floresta e destruíram mais de duas mil casas, empresas e explorações agrícolas.
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