Pedro Nunes, adjunto de comando da Autoridade Municipal de proteção Civil, fez um ponto da situação do incêndio que lavra desde a madrugada de domingo no concelho de Alijó, distrito de Vila Real, e que mobiliza 500 operacionais, cerca de 170 veículos, oito máquinas de rasto e nove aviões.
“Neste momento não há pessoas ou bens em perigo”, salientou Pedro Nunes, acrescentando que não houve, até à data, o registo de “qualquer habitação destruída ou de qualquer pessoa que tenha sofrido ferimentos”.
As chamas aproximaram-se e rodearam algumas aldeias durante a tarde, nomeadamente Vila Chã, Francelos, Pegarinhos e Porrais, já no concelho de Murça.
Também durante a tarde, e por precaução, foram deslocadas 16 pessoas, entre crianças, idosos e acamados, das aldeias de Carlão, Vila Chã, Francelos e Santa Eugénia.
As estradas municipais entre Vila Chã e Francelos e entre Santa Eugénia e Carlão estiveram também cortadas.
O responsável explicou que as variáveis meteorológicas, como o aumento da intensidade do vento e a sua rotação contínua, alteraram a dinâmica do fogo e trouxeram inúmeras reativações a partir da hora do almoço, reativando praticamente todo o flanco direito.
“Não é possível, nestes períodos em que o fogo desenvolve tal atividade e tal velocidade de propagação, colocar qualquer tipo de meio, seja humano seja técnico a trabalhar em cima do fogo, porque não é possível e arriscamos a vida das pessoas”, acrescentou.
Durante a noite, os operacionais vão atuar de forma direta, em cima do fogo, onde tal é possível, e também de forma indireta, recorrendo à técnica do contrafogo.
“Vamos esperar que o incêndio quebre a sua intensidade para que seja possível trabalhar estas duas técnicas e que o fogo venha para um parâmetro que esteja dentro do domínio da capacidade de extinção dos meios”, salientou.
O presidente da Câmara de Alijó, Carlos Magalhães, já disse que quer acionar o Plano Municipal de Emergência. À noite realiza-se uma reunião do Conselho Municipal de Proteção Civil.
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