Vários dias de chuvas torrenciais destruíram pontes e edifícios, arrastando veículos nos estados do norte de Uttarakhand e Himachal Pradesh.
Em Himachal Pradesh, o mais afetado pelas intempéries, pelo menos 50 pessoas morreram nas últimas 24 horas, nove das quais no desabamento de um templo hindu em Shimla, a capital local, segundo o ministro-chefe deste estado, Sukhvinder Singh Sukhu.
“Nunca houve chuvas tão fortes e mais de 50 mortes no estado num período de 24 horas – e esse número pode aumentar, pois ainda há cerca de 20 pessoas sob os escombros”, disse o responsável.
“A administração local está a tentar (…) resgatar pessoas que ainda podem estar presas”, afirmou em comunicado.
A Presidente da Índia, Draupadi Murmu, comentou que se sente “ferida pela perda de vidas nos acidentes relacionados com as fortes chuvas”.
Nas áreas mais afetadas, as principais estradas e linhas de energia foram seriamente danificadas, bloqueando milhares de pessoas. A rede ferroviária também sofreu graves danos.
No estado de Uttarakhand, equipas de resgate tentaram salvar pessoas soterradas pelos deslizamentos de terra.
Perto das margens do Ganges, na cidade turística de Rishikesh, cinco pessoas ficaram presas e apenas uma jovem foi salva, disse um comissário da polícia distrital, acrescentando que o resto da sua família ainda se encontrava sob os escombros.
No total, pelo menos oito pessoas morreram desde sexta-feira devido ao mau tempo neste estado, segundo as autoridades.
Sukhvinder Singh Sukhu pediu às pessoas em Himachal Pradesh que fiquem em casa e evitem chegar perto dos rios. As escolas foram fechadas, acrescentou.
Inundações e deslizamentos de terra são frequentes durante as monções e causam danos consideráveis, mas o seu número está a aumentar com as mudanças climáticas, de acordo com especialistas.
Em julho, vários dias de chuvas de monções mataram pelo menos 90 pessoas na Índia, enquanto o Yamuna, um rio que atravessa a capital indiana, Nova Deli, atingiu os seus níveis mais altos desde 1978.
As chuvas das monções constituem por si sós cerca de 80% da precipitação anual no sul da Ásia e são vitais para o nível dos rios, para reabastecer os lençóis freáticos e atividade agrícola, mas também causam inundações e deslizamentos de terra mortais e destrutivos.
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