As mudanças no INEM foram divulgadas hoje na sequência do Conselho de Ministros e inserem-se no plano do Governo "para reabilitar o INEM, através da mobilização de mais recursos humanos – com a abertura de 200 novas vagas para técnicos do INEM – de um reforço dos meios, com a aquisição de 320 veículos de emergência médica para corpos de bombeiros e INEM (aprovada em agosto de 2024) e a disponibilização imediata de mais ambulâncias de socorro (10 recentemente e 45 desde o início de funções deste Governo), e ainda com medidas de reorganização do funcionamento dos serviços, incluindo de atendimento telefónico."
O INEM anunciou hoje um conjunto de medidas de contingência para otimizar o funcionamento dos centros de orientação de doentes urgentes (CODU), como a criação de uma triagem de emergência para chamadas com espera de três ou mais minutos.
As medidas constam de um comunicado divulgado antes da conferência de imprensa em que o Instituto Nacional de Emergência Médica explica a estratégia para melhorar a resposta, na sequência dos atrasos de atendimento das chamadas no CODU que alegadamente causaram a morte de três pessoas.
No comunicado, o conselho diretivo do INEM refere que vai avançar hoje com “a implementação imediata de medidas que visam otimizar o funcionamento dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes”.
“A carência de profissionais da categoria de Técnico de Emergência Pré-hospitalar (TEPH) no mapa de pessoal do INEM, exacerbada agora pela greve dos trabalhadores desta categoria profissional às horas extraordinárias, sem fim previsto, tem pontualmente condicionado o nível de resposta que o INEM pretende oferecer aos cidadãos que necessitam dos serviços do Instituto”, salienta.
Além do reforço do dispositivo de emergência médica com ambulâncias de socorro sediadas em corpos de bombeiros e delegações da Cruz Vermelha Portuguesa, anunciado na terça-feira, o INEM vai agora colocar em prática um conjunto de medidas que vão permitir concentrar a atividade dos TEPH nos CODU e meios de emergência, em detrimento de atividades não prioritárias.
“Será ainda desenvolvido e implementado um fluxo de triagem abreviado para chamadas de emergência que tenham tido um tempo de espera para serem atendidas de ou superior a três minutos”, anuncia.
A par destas medidas, que serão aplicadas “no imediato”, o INEM vai, a curto prazo, integrar enfermeiros nos CODU para realização de determinadas funções, e rever os procedimentos relativos à passagem de dados das equipas de emergência no terreno.
A revisão dos fluxos de triagem do CODU e do SNS24 para transferência de chamadas entre estes serviços é outra medida prevista.
O INEM recorda a importância de uma utilização responsável do Número Europeu de Emergência – 112, que deve ser contactado apenas em situações de emergência, para garantir que os recursos estejam disponíveis para quem realmente precisa. Para outras situações, os cidadãos devem contactar o SNS24 através do número 808 24 24 24.
Helicópteros para socorro aéreo
O Conselho de Ministros autorizou hoje também a "despesa no valor de 97,4 milhões de euros, para a contratualização de serviços de helitransporte por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), de modo a assegurar a assistência médica de emergência por via aérea.
A autorização acontece após consulta ao mercado e visa "acautelar o sucesso do novo concurso internacional a ser lançado", que segundo o executivo "terá de garantir quatro helicópteros em serviço durante 24 horas, numa melhoria face ao panorama atual em que dois helicópteros estão ao serviço do INEM durante 12 horas e os outros dois funcionam 24 horas.
A medida foi noticiada inicialmente pela Sic Notícias.
*Com Lusa.
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