Numa resposta enviada à Lusa, fonte oficial da IP disse que a empresa tem “pautado o seu relacionamento com as diversas estruturas sindicais por um clima de permanente abertura ao diálogo social, privilegiando sempre esta forma de resolução de conflitos, o que não foi exceção no atual contexto de greves desencadeadas pela Aprofer [Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário]”.

“Dispondo já a empresa do despacho com as orientações para as atualizações salariais no presente ano, pretende-se prosseguir com as reuniões de negociação e alcançar os consensos possíveis”, rematou.

A greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) levou hoje à supressão de 594 comboios, de 812 programados (73,2% suprimidos), entre as 00:00 e as 16:00, segundo dados enviados pela CP.

Na terça-feira, primeiro dia de greve, foram suprimidos 798 comboios, de um total de 1.086 estimados, tendo sido cumpridos apenas os serviços mínimos entre as 00:00 e as 19:00, segundo a CP.

O presidente da Aprofer, Adriano Filipe, disse à Lusa que a paralisação, que abrange os trabalhadores de operação, comando, controlo, informação, gestão de circulação e conservação ferroviária da IP, está relacionada com as condições de trabalho e vencimentos da profissão.

"Os motivos desta greve são os mesmos" da paralisação que tinha sido convocada para setembro de 2022, lembrou, indicando que a IP se tinha comprometido a negociar um acordo, mas isso não aconteceu desde então.

Os trabalhadores prometem voltar à greve no dia 10 de janeiro, se não houver avanços nas negociações.

Nos dias de greve, estão garantidos serviços mínimos, com a previsão de circulação do Alfa Pendular e Intercidades, Regional, InterRegional e Internacional, Comboios Urbanos do Porto, Comboios Urbanos de Coimbra e Comboios Urbanos de Lisboa.