No total são 18 perguntas aquelas que o partido presidido por João Cotrim Figueiredo enviou, através da Assembleia da República, ao Ministério da Educação, agora liderado por João Costa, sobre a recuperação das aprendizagens, cujo plano integrado foi aprovado em julho de 2021 pelo Governo.
“O Plano tem gerado a emissão de um sem-número de orientações e de despachos. Existem vídeos no YouTube, muita atividade burocrática e muitas apresentações, mas o objetivo do Plano não é esse. É, isso, sim, ajudar a recuperar aprendizagens. Desta forma, é necessário um elevado sentido de urgência e de eficácia”, defende o partido na exposição de motivos.
Por isso, os liberais consideram que se deve “questionar o Governo face às promessas feitas quanto à implementação do plano para não deixar goradas as expectativas e o futuro das novas gerações”, acrescentando que “a recuperação de aprendizagens tem de ser um desígnio nacional”.
“Colocar o elevador social a funcionar passa por reparar todo o sistema de ensino. Já todos sabemos que o Governo é exímio a prometer, agora importa perceber se está a cumprir”, justifica.
Assim, a IL quer saber quando pretende o Governo “anunciar os indicadores de execução previstos no Plano, bem como a metodologia e o processo utilizados para os elaborar”, questionando ainda como serão efetivamente monitorizados os referidos indicadores.
“Quando pretende o Governo transferir para as autarquias as verbas necessárias para a implementação descentralizada do Plano? Qual o montante que estima transferir e qual o prazo para o fazer”, pergunta ainda.
A resposta das comunidades educativas aos materiais disponibilizados pelo Ministério da Educação, o nível de necessidade de tecnologias digitais que foi identificado, bem como o seu valor orçamentado e executado, e o “nível de cumprimento de entrega dos meios digitais necessários e qual a percentagem de alunos que os consegue, efetivamente, utilizar” são outros dos temas que os liberais pretendem ver esclarecidos.
A IL quer ainda saber quais as medidas que têm sido adotadas para promover a formação digital dos docentes e dos alunos.
“Qual o impacto no desenvolvimento cognitivo e ao nível da socialização da utilização de máscaras nas escolas e no seu uso contínuo durante os últimos anos? Que medidas serão tomadas para fazer face a esse impacto?”, pergunta ainda.
O nível de apoio tutorial disponível nas escolas públicas e a evolução do desenvolvimento e da implementação de Planos de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário são outras das preocupações da IL.
“Como foi efetivada a promessa, prevista no Plano, de assegurar que os alunos do 1.º ano de escolaridade são objeto de sinalização às equipas de saúde locais para rastreio visual e auditivo quando não o tenham feito nas consultas regulares de medicina familiar? Qual o estado da implementação dessa promessa? Quantos alunos foram sinalizados para este efeito? E, destes, quantos estão a ser acompanhados?”, questiona.
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