“O nosso encarregado de negócios consular e a nossa ministra não puderam entrar no seu próprio consulado. Além disso, o cônsul, que estava lá dentro, não pôde sair, não lhe deram autorização. Isto é uma violação total da Convenção de Viena”, disse Mevlut Cavusoglu numa referência ao tratado internacional que regula os direitos do pessoal da carreira diplomática.
O chefe da diplomacia turca considerou que estas práticas constituem “racismo”.
“São xenofobia, hostilidade contra o islão, violação da democracia, violação das liberdades”, disse Cavusoglu à agência semipública turca Anadolu.
O ministro turco falava em Metz, cidade francesa que acolheu um encontro de cidadãos turcos residentes na região, no qual Cavusoglu também participou.
Também o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se pronunciou hoje novamente sobre os incidentes de Roterdão, qualificando-os de “nazismo” e ameaçando outra vez a Holanda com represálias.
“Nos últimos dias, o Ocidente está a mostrar o seu verdadeiro rosto. Pensava que o nazismo tinha acabado, mas não: está vivo no Ocidente”, disse Erdogan durante uma cerimónia no Ministério dos Assuntos Religiosos em Ancara, ato noticiado pelo diário Hurriyet.
Erdogan disse que se a Holanda sacrificar as relações com a Turquia nas eleições de quarta-feira, acabará “por pagar o preço”.
“Vamos ver o que acontece na quarta-feira. Os que fizeram isto enfrentam 250 mil turcos”, disse Erdogan, numa referência à comunidade turca que vive nos Países Baixos.
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