De acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério da Defesa Nacional, compareceram 99.803 jovens nas iniciativas do Dia da Defesa Nacional, de participação obrigatória, dos quais 81 mil responderam ao inquérito.
Do total dos inquiridos, 39,4% mostrou interesse em ingressar nas Forças Armadas, uma percentagem que diminuiu face a 2015, ano em que 40,9% admitiu uma carreira militar.
No balanço apresentado, o Ministério da Defesa Nacional sublinha que a diminuição é ligeira e mostra que ainda assim há perto de 32 mil jovens que aos 18 anos colocam a hipótese de ingressar nas Forças Armadas.
A maioria dos jovens que não quer ingressar apresenta como principal razão o facto de querer continuar os estudos, 48,2%.
Face a estes dados, o relatório sugere que de futuro sejam criadas medidas que permitam conciliar a prestação de serviço militar com a continuação dos estudos.
Dos inquiridos, 73% são estudantes e 18% já abandonou o sistema de ensino, dos quais 10% estão empregados e oito% desempregados. Na divisão por género, 50% são mulheres e 49% são homens.
Cerca de 79% "gostou muito" do Dia da Defesa Nacional, que inclui palestras e filmes sobre várias temáticas ligas à Defesa e Segurança e demonstração de meios e equipamentos militares.
Quanto aos conteúdos, 74% dos inquiridos mostrou interesse em assistir a treinos militares e 60% defendeu que este dia deve ser realizado em unidades militares.
As sugestões recolhidas junto dos jovens apontam para o reforço da componente militar do programa do Dia da Defesa Nacional, sublinha o relatório, que indica ainda que 78% mudou a sua opinião sobre as Forças Armadas "para melhor".
Apenas "menos de 1%" mudou de opinião "para pior".
Mais de metade, 58%, revelou interesse em passar uma semana numa unidade militar, no âmbito do Dia da Defesa Nacional.
Quanto ao grau de atratividade por ramo, 36% afirmou preferir o Exército e a mesma percentagem para a Força Aérea. A Marinha recolheu a preferência de 23% dos jovens.
A comparência ao Dia da Defesa Nacional é obrigatória para todos os cidadãos portugueses de 18 anos de idade e quem faltar sem justificação está sujeito ao pagamento de uma coima.
Do total de jovens chamados ao Dia da Defesa Nacional em 2016, cerca de 36 mil pediram adiamento, por razões que estão previstas na lei, segundo o ministério.
Durante as atividades, os jovens participam em ações de formação sobre as missões essenciais e a forma de organização e recursos dos três Ramos das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea), as principais ameaças e riscos à sociedade portuguesa e as diferentes formas de prestação de serviço militar.
O serviço militar deixou de ser obrigatório em 2004. A partir de 2010, deixou também de ser obrigatório fazer o recenseamento, passando os serviços a manter uma base de dados com essas informações.
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