Um homem, de 39 anos, invadiu o banco de dados estadual do Hawai, nos Estados Unidos da América, para simular a própria morte e escapar ao pagamento das pensões de alimentos do filho que estavam pendentes, um total superior a 100.000 dólares (cerca de 90 mil euros).
Segundo a BBC, em janeiro do ano passado, após invadir o estabelecimento, Jesse Kipf, que vivia em Kentucky, preencheu uma certidão de óbito e usou a assinatura digital de um médico legista para a validar.
O seu registo, como pessoa falecida, foi bem sucedido e Kipf chegou mesmo a ser dado como morto em muitos dos registos do Governo.
O norte-americano conseguiu ainda aceder a outros sistemas de registo de óbito, utilizando dados pessoais roubados de outros médicos e trabalhadores.
Posteriormente, na dark web, vendeu o acesso aos sistemas e aos dados roubados, que continham informações privadas, como os números que correspondem aos da segurança social em Portugal. Entre os compradores estavam indivíduos da Argélia, da Rússia e da Ucrânia.
Apanhado e investigado, o homem foi agora condenado a 81 meses de prisão, mais de seis anos, por fraude e roubo de identidade qualificado.
“Este esquema foi um esforço cínico e destrutivo, baseado no objetivo indesculpável de evitar as suas obrigações de pensão de alimentos”, disse Carlton S. Shier, IV, procurador dos Estados Unidos da América para o distrito de Kentucky.
Segundo a lei dos EUA, Kipf deve cumprir 85% da sua pena de prisão e ficará sob supervisão do Departamento de Liberdade Condicional dos EUA durante três anos.
Adicionalmente, terá de pagar 195.758,65 dólares (mais de 176 mil euros) por danos nos sistemas governamentais e corporativos, bem como as suas obrigações de pensão de alimentos.
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