“Foi uma ministra que nunca ultrapassou e despegou da sua condição académica e nunca interiorizou a operacionalidade das forças e serviços de segurança”, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Acácio Pereira adiantou que a demissão da ministra da Administração Interna já “era expectável”, uma vez que “não tinha condições políticas, nem pessoais, para continuar no cargo”.

O presidente classificou “limitado” o desempenho de Constança Urbano de Sousa, que deixa o SEF “cheio de instabilidade e pressão”.

Constança Urbano de Sousa sai do cargo sem dar posse ao novo diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteias, Carlos Alberto Matos Moreira, cuja cerimónia esteve marcada para segunda-feira passada, mas foi cancelada.

Carlos Moreira vai substituir Luísa Maia Gonçalves, que se demitiu no início do mês, antecipando-se à ministra que tinha a intenção de a exonerar.

O presidente do sindicato espera que o próximo responsável pela pasta da Administração Interna seja “alguém que compreenda a operacionalidade das forças e serviço de segurança” e que “tenha a capacidade para fazer” o que esta ministra não conseguiu fazer.

A ministra da Administração Interna apresentou um pedido de demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro, anunciou hoje o gabinete de António Costa

Constança Urbano de Sousa diz na carta de demissão enviada ao primeiro-ministro que pediu para sair de funções logo a seguir à tragédia de Pedrógão Grande, dando tempo a António Costa para encontrar quem a substituísse.