Em comunicado, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge adianta que se trata da “primeira plataforma ‘online’ a nível mundial e de livre acesso” que “vai revolucionar a vigilância da gripe”.
Segundo aquele organismo, qualquer laboratório do mundo pode ter acesso a esta plataforma bioinformática, denominada INSaFLu, que vai permitir "analisar o genoma completo do vírus da gripe, o que será decisivo para o aumento do conhecimento e inovação em áreas fundamentais para a prevenção e controlo desta doença".
Os investigadores do Instituto Ricardo Jorge responsáveis pelo desenvolvimento deste projeto consideram que a nova plataforma será decisiva, por exemplo, para “o melhor ‘design’ das vacinas antigripais”.
“A contribuição para a identificação dos mecanismos genéticos responsáveis pela resistência a fármacos antivirais, assim como para a melhor compreensão da capacidade de transmissão e virulência do vírus influenza são outras mais-valias desta ferramenta inovadora”, sublinha o instituto.
No comunicado, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da plataforma, Vítor Borges, refere que “a plataforma INSaFLU permite que, de uma forma simples, a vigilância da gripe possa ser realizada com base na análise da totalidade do genoma”.
Segundo o investigador, “um dos principais obstáculos à análise dos dados da sequenciação total do genoma prende-se com a necessidade de aplicar métodos complexos de bioinformática, os quais requerem um ‘expertise’ especializado não disponível na maior parte dos laboratórios a nível mundial”.
Para colmatar esta lacuna, frisa o Instituto Ricardo Jorge, foi desenvolvida “esta nova ferramenta que, apesar da complexidade inerente à sua construção e implementação, é acessível a qualquer microbiologista sem conhecimentos avançados em bioinformática”.
O Instituto Ricardo Jorge indica ainda que esta plataforma ‘online’ “é de fácil utilização para a integração da análise total do genoma do vírus ‘influenza’ na vigilância da gripe, obedecendo às recomendações das autoridades de saúde mundiais, no sentido de levar a cabo esta revolução tecnológica para o estudo da gripe”.
Comentários