O anterior balanço, divulgado na quarta-feira à noite, indicava 32 mortos e 18 desaparecidos.
“O número de pessoas que não sobreviveram a esta tragédia eleva-se agora para 37”, indicou o centro de crise no seu portal da Internet.
Este número faz subir para 214 o total de vítimas na Europa, contabilizando as 177 mortes ocorridas na Alemanha, quase todas no oeste do país.
Vários dias de chuvas torrenciais causaram grandes enchentes nos cursos de água, que transbordaram provocando inundações de dimensões inéditas tanto na Alemanha como na Bélgica.
Na Bélgica, o vale do Vesdre, no interior de Liège (leste), foi particularmente atingido, quando esse afluente do rio Meuse saiu bruscamente do seu leito, fazendo subir o nível da água vários metros em alguns locais.
Centenas de casas ficaram inabitáveis, nomeadamente nos municípios de Trooz, Pepinster e Verviers. Nesta cidade de 55.000 habitantes, mais de 10.000 pessoas terão de ser realojadas, segundo o chefe da polícia local, citado pela agência Belga.
Na terça-feira, dia de luto nacional na Bélgica, a região da Valónia (sul e leste francófono) anunciou a criação de um fundo para recolher até dois mil milhões de euros para a reconstrução, que levará anos.
O Luxemburgo, a Holanda e também a Áustria, alguns dias depois, foram igualmente afetadas por grandes inundações, embora não haja até agora registo de vítimas mortais nestes países.
Dirigentes europeus apontaram o aquecimento global como explicação para este episódio de chuvas intensas durante vários dias consecutivos.
Hoje, a chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou o seu apelo para que “se acelere” o combate contra o aquecimento global, lamentando “progressos insuficientes” para alcançar os objetivos definidos para reduzir o aumento das temperaturas.
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