"Três dos agentes foram informados de que estão sujeitos a uma investigação criminal e os outros sete foram informados de que há uma indicação antecipada de que o seu comportamento pode ser considerado má conduta grave", indicou a Agência Independente para a Conduta da Polícia (IOPC).

Todos os dez agentes estiveram no local da prisão de André Moura, de 30 anos, no dia 06 de julho em Oldham, onde a polícia foi chamada perto das 23:30 horas em Oldham devido a um "incidente doméstico".

Após a detenção, Moura foi levado numa carrinha da polícia para o posto de Ashton-under-Lyne, onde foi encontrado inconsciente.

Uma ambulância levou o português para o Hospital Tameside, onde foi confirmado que morreu por volta das 01:30 horas de sábado, 7 de julho.

Uma primeira autópsia não encontrou as razões da morte, pelo que as autoridades aguardam o resultado de mais testes, incluindo toxicológicos.

Por ter morrido quando estava em custódia policial, a IOPC abriu uma investigação e entretanto recolheu e analisou imagens de videovigilância, filmagens feitas pelas câmaras usadas pelos agentes e vídeos feitos por cidadãos com telemóveis, além de ter interrogado vizinhos e testemunhas independentes.

A diretora regional do IOPC, Amanda Rowe, disse que a família estava a ser informada do decorrer da investigação.

"Este é um caso muito sério e complexo, envolvendo um grande número de funcionários, o que requer uma investigação independente completa e rigorosa. No entanto, informar aos policiais que eles estão sujeitos a uma investigação criminal ou de má conduta não indica culpa", vincou.