O relatório final do acidente, hoje divulgado, refere que o voo 610 da Lion Air, que ligava a capital da Indonésia à ilha de Sumatra, caiu porque os pilotos nunca foram informados sobre como responder rapidamente a falhas no sistema de controle automatizado do jato Boeing 737 Max 8.
O avião mergulhou no mar de Java apenas 13 minutos após levantar voo, em 29 de outubro de 2018.
Segundo o Comité Nacional de Segurança em Transportes da Indonésia, o sistema automatizado, conhecido como MCAS, contava com um único sensor de “ângulo de ataque” que fornecia informações erradas, empurrando automaticamente o nariz do avião para baixo.
O relatório também identificou falhas anteriores, como o facto de o avião – que tinha começado a ser usado há apenas dois meses — ter tido problemas nos últimos quatro voos, incluindo um no dia anterior ao acidente fatal.
O relatório da Indonésia surge depois de um outro, divulgado em setembro por investigadores dos Estados Unidos, que concluiu que a Boeing e a Administração Federal de Aviação subestimaram a forma como demasiados avisos visuais e auditivos retardaria a capacidade de resposta dos pilotos.
Cinco meses depois do acidente na Indonésia, o mesmo tipo de avaria causou a queda de um jato Max na Etiópia, matando as 157 pessoas que estavam a bordo.
Depois disso, todos os jatos 737 Max foram suspensos, o que colocou a Boeing sob intensa pressão para explicar os problemas associados ao sistema MCAS.
A Boeing informou recentemente que os seus resultados caíram 51% no terceiro trimestre, para 1,1 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) devido, sobretudo, a um aumento dos custos com o Max.
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