Em declarações à agência Lusa, o presidente do IPO de Coimbra, Carlos Santos, explicou que as reclamações analisadas têm mais de um ano e que, no decorrer do processo de averiguações, "em sede de contraditório, houve oportunidade de dizer que não representam minimamente aquilo que é a realidade" do instituto.

"A própria ERS reconhece que as situações que estiveram na origem das reclamações estão já resolvidas, pois são muito pontuais, tinham a ver com alguma caracterização do serviço de informação ao nível da marcação dos doentes para o hospital de Dia", salientou o responsável.

Para Carlos Santos, o problema foi resolvido "e não havia necessidade de o tornar público desta forma, como está reconhecido no sítio da ERS na Internet".

Segundo o presidente do IPO Coimbra, na base das recomendações estão um conjunto de 16 reclamações, num universo de 200 mil contactos ao longo de todo o ano, "que não têm a mínima representatividade, embora todas as reclamações façam sentido" para o instituto.

O responsável destacou que a unidade que dirige, à semelhança das outras do país, "presta um serviço de elevadíssima qualidade aos seus doentes e que a segurança dos cuidados prestados está garantida em todos os aspetos".

As reclamações no IPO Coimbra referem-se a alegados atrasos no acesso a tratamentos, marcações de consultas por blocos, atrasos nos serviços de farmácia e dificuldades no acesso a transportes.

O IPO esclareceu, em comunicado, "que nunca existiu qualquer atraso nos serviços de farmácia, dispondo de uma das unidades de preparação de citotóxicos melhores do país".

"As reclamações sobre acesso a transportes não têm fundamento. A decisão de prescrição de transporte é uma decisão clínica e todos os doentes com critério clínico em razão da sua doença têm direito a transporte", lê-se na nota.

Além disso, acrescenta, "não tem rigorosamente nenhum atraso no início dos tratamentos de radioterapia ou de quimioterapia e regista um TMRG para cirurgia dos melhores do Serviço Nacional de Saúde".

O IPO de Coimbra referiu que realiza cerca de 200.000 contactos por ano, entre consultas externas, tratamentos de radioterapia, de quimioterapia, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e procedimentos cirúrgicos.

Adiantou ainda que gastou em transporte não urgente de doentes, em 2017, mais de 1,6 milhões de euros, num orçamento que, no mesmo ano, se situou abaixo dos 50 milhões.