“As negociações estão numa fase crítica e importante”, disse o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, depois de um encontro com o seu homólogo de Omã, Badr al-Busaidi, em visita a Teerão, de acordo com a agência France-Presse (AFP).

Segundo o chefe da diplomacia iraniana, é esperado que “algumas questões sensíveis e importantes sejam resolvidas nos próximos dias, com realismo da parte ocidental”.

Manifestando-se “otimista”, Amir-Abdollahian insistiu no facto de que o Irão não iria abandonar as suas “linhas vermelhas” nas negociações, apesar de não dar mais detalhes.

Em Viena, as discussões visam salvar o acordo de 2015 que têm como objetivo impedir Teerão de se dotar de uma bomba atómica, intenção que foi sempre negada pela República Islâmica.

O acordo, concluído entre o Irão, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha, permitiu o levantamento de sanções económicas internacionais contra Teerão em troca de limites restritos ao seu programa nuclear.

Os Estados Unidos retiraram-se do acordo em 2018 sob a Presidência de Donald Trump, que o considerou insuficiente, e restabeleceram sanções que têm sufocado a economia iraniana.

Em resposta, o Teerão começou a deixar de cumprir grande parte das restrições à sua atividade nuclear.

As negociações desenrolam-se atualmente entre as partes ainda envolvidas no acordo internacional, com a participação indireta dos Estados Unidos, que não negoceia cara-a-cara com o Irão.

Nos últimos dias, os Estados Unidos, a Alemanha, a França e o Irão deram conta de vários avanços nas negociações, com Israel, principal inimigo do Irão, a dizer no domingo que um acordo está “iminente”.