“Alguns governos, infelizmente, cometeram erros, grandes erros e pecados na normalização [das suas relações] com o regime sionista usurpador e opressor. É um ato contra a unidade islâmica, devem voltar e compensar este grande erro”, afirmou Khamenei no discurso transmitido pela televisão estatal.

Os Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos normalizaram as suas relações com Israel em 2020, sob a liderança do então presidente dos Estados Unidos Donald Trump e do genro, Jared Kuchner, arquiteto da estratégia.

“Se a unidade dos muçulmanos for alcançada, a questão palestina será definitivamente resolvida da melhor maneira”, disse Ali Khamenei.

O líder supremo iraniano fez o discurso quando recebia os participantes da Conferência da Unidade Islâmica, organizada todos os anos em Teerão por ocasião do nascimento do profeta Maomé.

O apoio demonstrado pela República Islâmica à causa palestina tem sido uma constante na política externa iraniana há mais de 42 anos.

A República Islâmica estabelecida no Irão em 1979 não reconhece o Estado de Israel, proclamado em maio de 1948, após ter sido reconhecido por resolução das Nações Unidas.

No início de maio, Khamenei descreveu Israel como uma “base terrorista” para “lutar”, anunciando, mais uma vez, prever a “queda do “regime sionista inimigo”, segundo ele inevitável.

Horas depois do discurso de Khamenei, o secretário-geral iraniano do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Ali Chamkhani, reagiu a reportagens publicadas na imprensa israelita sobre o estado hebraico ter aprovado um orçamento de 1,3 mil milhões de euros para um “possível ataque” ao programa nuclear iraniano.

O Irão tem acusado, repetidamente, Israel de estar por trás de atos de sabotagem que visaram as suas instalações nucleares.