“Há 18 meses que Londres nos vem assegurando que, como exigimos, não haverá uma fronteira física na Irlanda, não haverá infraestruturas físicas, mas queremos isso por escrito”, disse Leo Varadkar à chegada à cimeira europeia de Gotemburgo, depois de um encontro bilateral com a primeira-ministra britânica, Theresa May.
Varadkar disse que, sem uma tal garantia, a Irlanda não vai permitir que as negociações entre Londres e os 27 avancem para a chamada “fase dois”, sobre a futura relação comercial e o período de transição.
O primeiro-ministro irlandês comentou ainda que “por vezes” parece que o governo britânico “não pensou nisto tudo”.
Quando o Reino Unido sair da União Europeia, a Irlanda do Norte, território britânico, deixa de pertencer à UE e torna-se a única parte do Reino Unido a fazer fronteira com um Estado membro da União, a República da Irlanda.
A gestão dessa fronteira é uma das questões mais sensíveis e Londres tem assegurado a Dublin a importância de evitar uma fronteira rígida (“hard border”), como as outras fronteiras externas da UE.
A fronteira é uma das três grandes questões que estão a ser negociadas na primeira fase, juntamente com os direitos dos cidadãos europeus a residir no Reino Unido e dos britânicos a residir noutros Estados membros e as obrigações financeiras do Reino Unido para com Bruxelas.
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