As Forças de Defesa de Israel disseram que o foguete, disparado na noite de domingo, caiu numa área aberta no norte do país, perto da comunidade agrícola de Matzuva, sem causar danos ou ferimentos, de acordo com um comunicado.

Em resposta, o exército atingiu hoje “o local de lançamento do projétil e um alvo de infraestruturas no sul do Líbano”, como forma “de advertência”, indicou.

O ataque não afetou a “vida quotidiana” no norte de Israel, que prossegue como habitualmente, sublinhou o exército, numa publicação na rede social Twitter.

O disparo do foguete não foi ainda reivindicado por qualquer organização.

No verão de 2021, o exército israelita já havia disparado na direção do Líbano em resposta a ataques com foguetes, reivindicados pelo movimento xiita libanês Hezbollah.

Israel e o Hezbollah são inimigos e, em 2006, travaram um guerra que durou um mês e deixou mais de 1.200 mortos do lado libanês, na maioria civis, e 160 do lado israelita, principalmente soldados.

Israel e Líbano permanecem tecnicamente em estado de guerra e uma força de intervenção da ONU está destacada no sul do Líbano para vigiar a trégua entre os dois países.

O Líbano está a viver a pior crise económica e financeira da história moderna do país, descrita pelo Banco Mundial como uma das piores que o mundo já testemunhou desde meados do século XIX.

Israel estimou que o Hezbollah possui mais de 130 mil foguetes e mísseis capazes de atingir qualquer ponto do Estado judaico.

Nos últimos anos, Israel também manifestou preocupação por aquele grupo estar a tentar importar ou desenvolver um arsenal de mísseis teleguiados de precisão.

O incidente ocorreu num ambiente de crescente tensão, na sequência de confrontos entre a polícia israelita e muçulmanos na mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém, e o lançamento de foguetes a partir do enclave palestiniano de Gaza contra Israel.