Num comunicado, o Governo israelita indicou que Netanyahu, agora líder da oposição, e família “terminarão a estada na residência a 10 de julho” e que, até essa data, “não irão realizar-se reuniões oficiais” no edifício.
A partir dessa data, a residência passará a ser utilizada pelo ultranacionalista religioso Benet que, após assumir o cargo há uma semana, no quadro do “Governo de Mudança”, permanecerá nos próximos dois anos como primeiro-ministro.
Em agosto de 2023, e no quadro do acordo do governo, entregará a residência oficial ao centrista laico Yair Lapid, principal impulsionador da ampla coligação governamental que conseguiu afastar Netanyahu após 12 anos como primeiro-ministro, entre 2009 e 2021.
Neste período, bem como numa primeira fase como chefe de governo entre 1996 e 1999, Netanyahu ocupou a residência oficial na rua Balfour, em Jerusalém, com a mulher, Sara.
Segundo a imprensa israelita, nos últimos dias Netanyahu estava a atrasar a mudança e Benet deu-lhe um prazo de duas semanas para abandonar a residência oficial do chefe de governo, tendo sido alcançado um acordo entre ambos que prevê a saída do ex-primeiro-ministro em 20 dias.
Apesar de ser o novo primeiro-ministro, Benet não planeia mudar-se com a família para a Rua Balfour e permanecerá na sua casa em Raanana, uma cidade rica a norte de Telavive, para que os seus quatro filhos não precisem mudar de casa.
No entanto, Benet já referiu que pretende utilizar a residência oficial apenas durante as noites em que permanecerá em Jerusalém para trabalhar, bem como para eventos oficiais e para receber dignitários estrangeiros.
Após sair da residência, Netanyahu vai mudar-se para a sua casa de férias na cidade costeira de Cessarei, entre Haifa e Telavive, por vários meses, até que o seu apartamento em Jerusalém esteja equipado com todas as medidas de segurança.
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