“A partir das 07:00 (04:00 em Lisboa), todas as restrições de proteção vão ser levantadas”, informou o Exército israelita num breve comunicado enviado aos meios de comunicação locais destacando que as partes em confronto alcançaram as tréguas com a ajuda da mediação do Egito, Qatar e Nações Unidas.
O Governo israelita ainda não confirmou oficialmente o cessar-fogo.
Anteriormente, fontes palestinianas referiam que o cessar-fogo entraria em vigor a partir das 04:30 (01:30 em Lisboa) e desde essa hora não se voltaram a registar lançamentos de foguetes contra território israelita.
Os últimos alarmes foram ativados às 02:30 (23:30 de domingo) junto à Faixa de Gaza numa altura em que Israel lançava o último ataque contra 30 objetivos do Hamas e da Jhiad Islâmica: plataformas de lançamento de foguetes, um centro de operações militares e locais de treino.
Entretanto, o ex-chefe do Estado-Maior de Israel, o atual deputado Benny Gantz, criticou o cessar-fogo assinalando que a trégua é uma “rendição à chantagem do Hamas e das organizações terroristas”.
Ganz disse que em caso de nova escalada de violência a “resposta deve ser severa”.
De acordo com os meios de comunicação social palestinianos, o Hamas exigiu na negociação das tréguas a implementação dos termos estabelecidos após os acordos alcançados no fim da última vaga de violência, no passado mês de março.
As exigências estão relacionadas com a melhoria de condições em Gaza; expansão das áreas de pesca frente à costa do enclave e a autorização por parte de Israel sobre a entrada de capital enviado pelo Qatar assim como bens essenciais e ajuda humanitária.
Na manhã de sábado as milícias palestinianas em Gaza dispararam 690 foguetes (240 foram intercetados pelo sistema antimíssil israelita).
Israel respondeu com 350 ataques contra “posições militares” palestinianas.
Tratou-se do confronto mais violento na zona desde a guerra de 2014.
Nos últimos dois dias morreram 23 palestinianos, entre os quais duas crianças e duas mulheres grávidas e quatro civis israelitas.
O Exército israelita nega que a morte de uma das mulheres grávidas e de um menor tenha sido provocada pelos disparos do Exército afirmando que foram vítimas de um foguete que caiu atrás das linhas palestinianas.
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