“Uma vitória gigante”, escreveu Benjamin Netanyahu naquela rede social, cerca de uma hora depois do fecho das urnas.
A vitória nas primárias permitirá a continuidade de Netanyahu à frente do partido nacionalista-conservador Likud (direita) e encabeçar a lista do partido nas futuras eleições gerais israelitas, agendadas para março de 2020.
A liderança do Likud foi disputada por Benjamin Netanyahu e Gideon Saar, antigo deputado e ex-ministro da Educação e dos Assuntos Internos em governos de Netanyahu, considerado como uma “estrela ascendente” da política israelita.
Netanyahu é o líder israelita que se manteve mais tempo em funções, mas está enfraquecido devido à decisão da procuradoria-geral que o indiciou por três casos de corrupção e ainda pelo fracasso na formação este ano de um novo executivo de coligação.
O primeiro-ministro foi acusado em novembro pelo procurador-geral, Avichai Mandelblit, por suborno, fraude e abuso de confiança em três casos de corrupção. A lei israelita determina que qualquer ministro indiciado pode perder o cargo, exceto o primeiro-ministro.
Enquanto os diversos opositores de Netanyahu exigiram a sua demissão devido às graves suspeitas de corrupção, Saar defendeu a necessidade de o partido ter um novo líder, pelo facto de o primeiro-ministro em funções não ter conseguido formar um governo de coligação estável.
No dia 12 de dezembro, os advogados de Netanyahu anunciaram que o primeiro-ministro abandonava as pastas que acumula no executivo — Saúde, Agricultura e Diáspora –, mas mantendo-se como chefe do Governo.
O anúncio aconteceu um dia depois dos deputados israelitas terem aprovado a dissolução do parlamento e convocado novas legislativas para 02 de março, as terceiras no período de um ano.
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