“Devemos enfrentar os problemas em conjunto, que são europeus”, declarou Tajani ao ser recebido em Paris pala sua homóloga francesa Catherine Colonna.
“A Itália apreciou particularmente as declarações de Macron sobre a colaboração em matéria de imigração”, felicitou-se no decurso de uma conferência de imprensa conjunta com Colonna.
O Presidente francês Emmanuel Macron insistiu na semana passada sobre o “dever de solidariedade europeia” face a Roma, confrontada com a chegada massiva de migrantes.
O número de chegadas a Itália através de embarcações provenientes do Norte de África aumentou, com mais de 130.000 migrantes registados até ao momento em 2023, contra 70.000 para o mesmo período do ano passado.
“Em relação à Alemanha, estarei na quinta-feira em Berlim”, e “aguardo explicações por parte do Governo alemão”, prosseguiu Tajani.
Estas declarações surgem após uma carta enviada no sábado ao chanceler alemão Olaf Scholz pela primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, na qual lamenta o financiamento pela Alemanha de organizações que prestam auxílio aos migrantes irregulares no seu país.
Tajini e Colona insistiram sobre a necessidade de uma resposta “europeia” à questão migratória.
“Temos necessidade de uma maior cooperação por parte dos países de origem, dos países de trânsito, que devem assumir compromissos, mantê-los com a nossa ajuda”, declarou ainda Colonna.
Após a chegada no início de setembro e em apenas três dias de 8.500 pessoas à pequena ilha de Lampedusa, Roma pediu à União Europeia (UE) para ajudar a aliviar a pressão.
Tajani também se congratulou com o acordo concluído pela UE com a Tunísia, um país, no entanto, muito criticado pela forma como trata os migrantes.
“Não se trata de combater os migrantes, antes e lutar contra os criminosos que exploram o desespero destas pessoas”, argumentou.
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