“É necessário comemorar o Ano Novo? Celebramos em casa. Se decidimos que há recolher obrigatório, então fica-se em casa independentemente do que houver. É preciso fazer isso”, apontou Francesco Boccia, reiterando que não vai haver exceção ao recolher obrigatório no Natal e Ano Novo, em entrevista ao canal de televisão Rainews.

Boccia explicou que se encontra em fase de finalização o novo decreto que vai estabelecer o regulamento anti contágio para o mês de dezembro e disse que dificilmente as medidas vão ser relaxadas.

“Acho que ninguém quer uma terceira vaga e para evitá-la é preciso continuar com rigor e distanciamento social. É difícil que haja relaxamento das regras”, acrescentou.

Sobre o plano de ajuda, o quarto desde que a pandemia fechou a terceira maior economia da zona euro em março, representa oito mil milhões de euros e permite adiar o pagamento de impostos para empresas que atuam em áreas que sofreram as medidas de contenção mais severas.

O Governo vai oferecer a quantia de 1.000 euros a pessoas que trabalham nos setores de turismo, artes, desporto e lazer — e vai garantir fundos para o setor de convenções.

O plano inclui também aumentar a presença da polícia para garantir o cumprimento de medidas contra a covid-19.

Em entrevista publicada hoje no jornal La Stampa, o vice-ministro da Saúde, Pierpaolo Sileri, anunciou também que no próximo decreto “os movimentos entre regiões vão ser limitados” mesmo entre regiões na zona amarela, ou seja, de risco moderado de contágio.

“No final de dezembro é provável que a maior parte das regiões esteja na zona amarela e, nessa altura, os almoços de Natal com [casos] positivos [de covid-19] na mesa seriam suficientes para voltar a viver um massacre”, alertou.

Sileri anunciou que será mantida a recomendação de um número limitado de convidados para as refeições nestes dias.

“Eu diria que seis [pessoas], apesar de não ser um número mágico. E que não haja mais de seis convidados diferentes em cada refeição”, vincou.

O vice-ministro da Saúde reiterou que o recolher obrigatório vai continuar às 22:00 e que vão abrir os restaurantes e bares, “mas depois das férias de Natal”.

“Neste momento devemos continuar a fornecer oxigénio aos hospitais. Ainda há muitas Unidades de Cuidados Intensivos e muitos quartos lotados. Por enquanto, eu deixaria tudo congelado e em janeiro começaria a pensar em flexibilizar as medidas para eles, mas também para teatros e cinemas”, estimou.

O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, deve reunir-se hoje com os líderes das 20 regiões do país para discutir os feriados de fim de ano, já que os especialistas de saúde alertam que as reuniões familiares no Natal podem desencadear uma terceira vaga.

O Ministério da Saúde registou cerca de 20.000 novos casos do novo coronavírus no domingo e 541 mortes, elevando o número de óbitos para quase 55.000.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.453.074 mortos resultantes de mais de 62,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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