“Informei o Presidente da necessidade de adiar a cimeira, que deveria acontecer em novembro, para os primeiros dias de janeiro, isto para tentar entender melhor qual será a situação internacional, que está evoluindo neste momento”, declarou Giorgia Meloni, após reunir-se em Maputo com o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi.
Anteriormente, a presidente do Conselho de Ministros de Itália explicou que nesta conferência, agora adiada para janeiro, seria apresentado o chamado "plano Mattei" para a cooperação energética com os países africanos, mas sobre o qual, até à data, não foram dadas mais informações.
Nesta visita de trabalho a Maputo, de algumas horas, Meloni avançou que veio receber contributos para o plano por parte de Filipe Nyusi.
“Pedimos a sua colaboração para a redação deste plano. Porque não seria útil realizar algo por nossa conta própria e realizar um plano ‘Mattei’ para áfrica, sem África (…) Por isso pedi a sua opinião sobre quais os pontos e estratégias a considerar para redigir este plano”, afirmou a chefe do Governo italiano, após reunir-se com Filipe Nyusi na Presidência da República moçambicana.
Acrescentou que este plano – associado ao nome de Enrico Mattei, político e fundador da petrolífera Eni - envolve a comparticipação do Fundo do Clima de Itália, com 50% dedicado a África, nomeadamente “3.000 milhões de euros de investimento” no continente.
“Queremos também implementar uma nova abordagem, uma nova cooperação. Queremos envolver toda a União Europeia e, claro, a Itália é uma porta de entrada de África para a Europa. Estamos num ponto avançado e devermos utilizar o papel geográfico juntamente com a nossa capacidade de liderança”
As anteriores duas edições da conferência ministerial Itália-África realizaram-se em maio de 2016 e outubro de 2018, tendo em outubro de 2021 sido realizados os Encontros com África.
Itália reagenda cimeira para janeiro e promete nova cooperação com África
Este artigo tem mais de um ano
A chefe do Governo italiano, Giorgia Meloni, justificou hoje, em Maputo, o adiamento para janeiro da terceira edição da conferência ministerial Itália-África pela necessidade de “entender” a situação internacional, mas prometeu uma “nova cooperação” com o continente.
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