Há ainda cinco pessoas desaparecidas, presumivelmente mortas, em resultado do desastre ocorrido a 18 de janeiro, em que o hotel Rigopiano foi arrancado dos seus alicerces pela força de uma massa de neve, lama e árvores que desabou pela encosta da montanha onde tinha sido erigido.

Onze pessoas, entre as quais as quatro crianças que se encontravam na altura no hotel, foram resgatadas com vida.

As operações de busca prosseguem ininterruptamente há sete dias, embora sejam já reduzidas as esperanças de encontrar sobreviventes nos escombros do hotel situado na localidade de Farindola, a 1.300 metros de altitude na cordilheira dos Apeninos, na região dos Abruzos, devido às temperaturas negativas registadas durante a noite.

Um procurador do ministério público italiano está a analisar se o desastre poderia ter sido evitado caso houvesse melhores procedimentos de avaliação de riscos.

Mas o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, embora admitindo atrasos e “deficiências” na resposta à avalanche, advertiu contra a tentação de procurar agora bodes expiatórios para mitigar a dor daqueles que perderam familiares.

“Foram feitos todos os esforços possíveis para alcançar o hotel”, disse Gentiloni hoje no parlamento.

“Estamos orgulhosos dos serviços de emergência, que enfrentaram nevões absolutamente excecionais e dois deles perderam a vida”, acrescentou, referindo-se a dois socorristas de montanha que morreram na queda de um helicóptero.